Para os adeptos dos principais clubes portugueses, a noite de 31 de Agosto para 1 de Setembro, foi uma pequena desilusão. Depois de dois meses a ouvir falar de potenciais reforços, estes acabaram por não chegar.
No caso do FC Porto, a novela Kléber acabou sem resolução (o jogador está a treinar no At. Mineiro e inscrito pelo Marítimo), sendo que as notícias que davam conta de um potencial reforço para a linha atacante do clube ficou sem efeito. Para além de Falcao e Walter, os portistas vão ter que contar com possíveis adaptações dos seus extremos, sobretudo Hulk e Ukra, no caso de impedimento dos ponta-de-lança.
No SL Benfica, o reforço do meio-campo acabou também por não chegar, depois de inúmeros médios brasileiros (ao que se diz, descobertos por Jesus nas noites que passa a ver o Brasileirão) terem ficado sem bilhete para a Luz. Perante os jogadores contratados, fica a dúvida se a equipa foi reforçada no sentido de suprir as lacunas deixadas pelas saídas de Ramires e Di María ou se, pelo contrário, terá sido reforçada com o intuito de alargar as possibilidades tácticas do plantel. Jorge Jesus terá agora que trabalhar com o que tem (e não é pouco, Ruben Amorim, Carlos Martins, Sálvio, Gaitán... que luxo!).
O Sporting e, sobretudo, Paulo Sérgio, volta a ficar com o título de piada do último dia de reforços. Quando todos os esforços foram envidados para complementar uma linha atacante que era frágil, e mais frágil terá ficado com o empréstimo de Sinama-Pongolle, tendo mesmo o treinador reivindicado a contratação de um "pinheiro", anuncia-se a chegada de Tales, um médio brasileiro com 1m68 de altura(!!!). O ridículo da situação é acentuado com o facto do Sporting ter emprestado três jogadores com as características pretendidas por Paulo Sérgio: Owusu (1m83, no Cercle Bruges), Purovic (1m93, no Belenenses) e Baldé (1m93, no Santa Clara). Por muito discutível que seja a valia destes três jogadores, qualquer poderia reclamar um lugar num ataque leonino que se apresentará assim para a disputa de Liga, Liga Europa, Taça da Liga e primeiras eliminatórias da Taça de Portugal apenas com quatro avançados no plantel.
Em resumo, a montanha pariu um rato. E se o discurso oficial se tem ocupado a culpar a crise por estas lacunas nas principais equipas portuguesas, talvez a razão esteja num mau planeamento dos gastos. Os resultados são, como sempre, a única coisa que poderá salvar (mas também condenar) os responsáveis por estas opções.
Nota: Já depois da escrita deste texto o Sporting anunciou a contratação de Hildebrand, o que não vem mudar, em nada, as conclusões apresentadas. Apesar de ser um dos pedidos do treinador, guarda-redes era uma posição que o Sporting tinha coberta.
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