Nos últimos anos, os tunisinos têm sido mais fortes, marcando presença no Mundial de 2006 e vencendo a Taça das Nações Africanas em 2004, batendo na final os rivais marroquinos. O desaire na qualificação para o Mundial 2010, ainda assim, colocou a nu as dificuldades de uma transição de gerações e a Tunísia acabou por conquistar um lugar nesta competição qualificando-se em segundo lugar atrás do inexperiente Botsuana.
Isto aconteceu com uma mudança de treinador pelo meio. E é em Samir Trabelsi, antigo internacional tunisino com presenças na CAN e no Mundial de 98, que muitos vêm uma oportunidade de renascimento para a Tunísia. Com metade dos jogadores convocados a atuar no país natal, a força desta equipa reside na ofensiva, onde “Picasso” Darragi marca o ritmo de um conjunto que tem em Jemaa, do Auxerre, uma das suas principais referências no momento do golo.
Mas é na equipa de Marrocos que estarão centradas as atenções. Depois de uma travessia pelo deserto, sem qualquer qualificação para um Mundial desde 1998 e com a sua única vitória na CAN a datar do longínquo 1976, o conjuto orientado por Eric Gerets emerge agora como um dos favoritos.
Não é difícil perceber as razões. Numa equipa que tem referências como Benatia (Udinese) na defesa, Taarabt (QPR) e Kharja (Fiorentina) no meio campo e Chamack (Arsenal) na frente de ataque, parece faltar muito pouco para se evidenciar nesta competição. No entanto, medir-se frente a um vizinho na abertura da CAN poderá ser um teste demasiado exigente, para mais sabendo-se que tendo um dos organizadores no grupo, o Gabão, poderá haver apenas lugar para uma das equipas na próxima fase.
Um jogo que promete muita emoção e indecisão no marcador. É a magia da Taça das Nações Africanas.
Sem comentários:
Enviar um comentário