Gana e Mali seguem em frente num grupo onde ganhou quem foi mais eficiente. A Guiné Conacri poderá sair de competição com uma certa sensação de injustiça, mas a verdade é que não conseguiu superiorizar-se a nenhum dos seus adversários directos.
Isso foi claro logo na primeira jornada, quando um Mali mais maduro e mais seguro dos seus objetivos bateu a equipa guineense. O triunfo da equipa de Alain Giresse não teve grande espectacularidade, mas deu um sinal forte do que se passaria neste grupo.
Por seu lado, o Gana também nunca se esforçou mais que o necessário para assegurar a vitória no grupo. 1-0 no primeiro jogo frente ao Botsuana, 2-0 frente ao Mali e um empate a fechar a primeira fase que o fez cumprir os objectivos. A equipa ganesa tenta, mais uma vez, recorrer à racionalidade para evoluir numa competição deste nível. Mais uma vez, precisará também que a sorte esteja do seu lado para poder vencer. Mas o quadro até à final é bem complicado.
A equipa maliana até parece mais animada com as perspectivas de avançar na competição. Mesmo tendo que enfrentar o Gabão, que joga em casa, conseguiu evitar os gigantes da CAN, que estão todos no caminho do Gana. Isto dito, ser-se primeiro é, em todos os casos, melhor do que ficar em segundo.
A equipa da Guiné Conacri foi quem mais golos marcou nesta primeira fase da CAN. Mesmo assim acabou eliminada. Na verdade, a maioria dos golos foram conseguidos numa tarde de desacerto das Zebras, que sofreram a maior goleada do torneio, a jogar com 10 elementos. Michel Dussuyer comandou um grupo muito jovem e com claras capacidades para conseguir melhor. No entanto, ao perder frente ao Mali, acabou por ficar em grande desvantagem. Sai, ainda assim, da CAN, com um futuro promissor, a confirmar já na CAN 2013.
O Botsuana tocou o céu em 2011 e entrou em 2012 com uma descida aos infernos. Estreante a este nível, termina a CAN como a pior equipa, zero pontos e um goal average de 2-9. Depois de no ano passado ter sido a grande sensação do futebol africano, as Zebras sentiram falta de experiência para jogar num torneio destas dimensões. Muito provavelmente foram retirados preciosos ensinamentos para que na próxima edição (em 2013 vão ter a CAN à porta de casa, na África do Sul) possam, então, comprovar as boas promessas que deixaram na fase de qualificação.
A figura
Abdoulaye Diallo
Num grupo onde as equipas apuradas se valeram pela força do colectivo, um jovem jogador deixou uma forte impressão nos observadores. Diallo chegara a esta CAN como uma das promessas do futebol africano. Aos 21 anos, a jogar na segunda divisão francesa, no Bastia, Diallo não se encolheu numa competição maior e deu sinais de merecer subir na sua carreira. A Guiné Conacri até ficou pelo caminho, mas para Diallo, a CAN 2012 poderá ser o início de uma bela história.
Sem comentários:
Enviar um comentário