Confesso que não era grande admirador de Joachim Low. Nas suas equipas, apesar de haver uma ideia de futebol que parecia em construção, havia sempre um momento em que essa ideia esbarrava nos jogadores. Não deixa, no entanto, de ser um momento de felicidade quando uma ideia encontra uma geração de jogadores capazes de a colocar em campo. Com uma defesa com toda a segurança tradicional dos alemães, Low baseia o seu jogo no duplo-volante Khedira (mais defensivo) e Schweinsteiger (mais criador), a partir do qual uma linha com Muller, Ozil e Podolski espalha velocidade e perfume, chegando ao ponto de fazer com que Klose me pareça, finalmente, um bom ponta-de-lança, capaz de trocar posição e desequilibrar a defensiva adversária. Temi, no início do campeonato, por esta equipa onde a juventude impera. Mas esqueci-me de que são alemães. Alemães felizes e contentes de jogar um futebol disciplinado e inspirado, coerente e ofensivo, romântico na forma de procurar espaços e concreto no momento da finalização. Que grande equipa, esta Alemanha. Que grande equipa.
Sem comentários:
Enviar um comentário