Um Porto Ferpinta dominador destruiu a equipa encarnada, vencendo por grandes diferenças os dois primeiros jogos da final da LPB.
No primeiro encontro, 95-69, no segundo, 93-60. A equipa encarnada mostrou-se sempre bastante amorfa, durante as duas partidas, não conseguindo encontrar antídoto para o acerto no lançamento exterior, nem forma de segurar a velocidade e a intensidade com que os portistas jogam. Analisando as duas partidas, parece-nos evidente que do lado do Benfica, há um ciclo que chega ao fim. O treinador parece não ter mão nos seus jogadores, que não se coíbem de discutir dentro do próprio campo. Nenhum jogador mostrou ter condições, sequer, para liderar alguma resistência perante um conjunto azul e branco que chega à final em grande forma.
Sabendo dosear a utilização de Sean Ogirri e José Costa na liderança da equipa, Moncho López confia muito do lançamento na eficiência de Carlos Andrade, que desde as últimas duas jornadas da fase regular, tem vivido um grande momento. Para além disso, Greg Stempin e Julian Terrell são ágeis e fortes demais para defensiva encarnada que tem que utilizar Élvis Évora até ao limite, dado que Greg Jenkins se mostra sempre pouco agressivo defensivamente. Com Rodrigo Mascarenhas em dificuldades, depois de uma lesão, e Marquin Chandler a mostrar-se como um jogador essencialmente exterior, faltam ao Benfica capacidade para lutar debaixo das tabelas.
Outra das chaves desta final está a ser a forma como Moncho coordena a defesa de Miguel Minhava e Bem Reed. Para além dos dois bases, Diogo Correia tem sido chamado a jogo vários minutos, de maneira a conseguir isolar um dos bases encarnados, que passaram ao lado dos dois jogos. Um domínio tão completo era algo pouco esperado, de duas equipas que se mostraram sempre muito equilibradas durante toda a temporada.
Agora, quando se voltarem a encontrar no pavilhão da Luz, é ao Benfica que cabe a grande responsabilidade de esboçar uma reacção perante uma série que pareceu decidida no Dragão Caixa. Os adeptos encarnados esperarão esse último grito de uma equipa que terá que recuperar o seu espírito operário para desmontar a máquina portista, que está mais afinada do que nunca.
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