Plantel:
Com um grupo composto, essencialmente, por jogadores acima dos 30 anos de idade, Portugal tem na maturidade a sua maior arma. O grupo de jogadores é pouco conhecido fora de portas, já que muitos deles tiveram passagens efémeras pelas ligas estrangeiras. No cinco inicial português, Filipe da Silva, que jogará no Paris Levallois, é o dono da bola, sendo o base mais utilizado. Carlos Andrade, João Santos e Miguel Miranda são as opções recorrentes para o tiro exterior, uma das armas a que Portugal recorre com maior frequência. Na área pintada, Élvis Évora assume o custo da guerra com as torres adversárias.
Do banco, saem com frequência Miguel Minhava e José Costa, na posição de bases, António Tavares, provavelmente o jogador mais criativo da equipa portuguesa, e Paulo Cunha, o lutador. Entre os mais jovens da equipa, estão Cláudio Fonseca, José Silva e Marco Gonçalves, que terão também alguns minutos, sobretudo os postes, dando descanso ao guerreiro Évora.
Com Betinho Gomes e Heshimu Evans lesionados, Portugal não contou com Nuno Cortez, melhor jogador português da LPB, na fase de qualificação, mas mantém ainda esperanças na sua recuperação. Cortez, se disponível, será uma excelente opção para aumentar a capacidade ressaltadora da equipa.
Estrela:
Mário Palma. Pegou numa equipa sem referências, sem esperanças, sem objectivos, e colocou esta geração no Eurobasket pela segunda vez. Um disciplinador nato, Palma transformou a maneira de pensar a participação portuguesa nas competições, exigindo aos seus jogadores uma dedicação defensiva pouco habitual. Isso faz de Portugal uma equipa que dificilmente facilita o acesso ao seu cesto. Numa competição cheia de equipas tecnicamente superiores, a vontade deste grupo de jogadores, bafejados pela magia de Mário Palma, será uma qualidade imprescíndivel.
Percurso até ao Eurobasket:
Depois de no passado, Portugal ter tido um record de 1-7 (só a Polónia perdeu, num grupo onde também estavam Bulgaria, Georgia e Bélgica), a mudança de treinador e o alargamento a 24 equipas trouxe uma oportunidade inesperada. Na fase de qualificação adicional, Portugal foi bastante superior à Hungria nas duas partidas efectuadas. Isso foi o bastante para garantir um lugar na maior competição europeia de selecções.
Previsão:
Independentemente do grupo onde Portugal jogar, cumprir o objectivo delineado por Palma (atingir a segunda fase), será tremendamente complicado. No entanto, esta equipa tem capacidade para surpreender adversários com menor concentração competitiva. Os primeiros jogos serão fundamentais para dar o tom ao percurso português. Resultados positivos, farão crer aos jogadores que o céu é o limite. Uma derrota pesada, tornará mais difícil motivar um grupo habituado a perder. Em resumo, tudo pode acontecer.
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