Regresso à competição da divisão maior do futebol nacional português, com equipas repartidas por todas as regiões do país. A 2ª Divisão Nacional é uma grande corrida ao ouro, onde das quarenta oito equipas que se apresentam à partida, apenas duas (!) conseguirão a ansiada promoção às divisões profissionais.
Para além dessa aparente injustiça, a competição assume este ano um estranho desenho geográfico, onde a Zona Sul, por exemplo, agrupa equipas desde a Touriz, no norte do Distrito de Coimbra, até Loulé. Mas conta a festa e a competitividade, sendo que cada série agrupa vários candidatos.
Na Zona Norte, o Desportivo de Chaves parece levar o favoritismo. Treinado por João Eusébio, a equipa flaviense tenta contornar as dificuldades económicas contratando jogadores muito experientes, como Castanheira, Livramento, Milhazes e Mauro Bastos. Para lhes fazer frente, o Tirsense de Luís Miguel e o Varzim de Dito parecem ser as equipas mais bem apetrechadas, sendo que a surpresa poderá vir de Vizela, onde a equipa treinada por Quim Berto deverá ser uma das mais excitantes de ver jogar, recheada que está de jovens craques da formação do Sporting de Braga.
Na Zona Centro, espera-se o remake do drama da temporada passada, com Boavista, Padroense e Tondela a reencontrarem-se nos desejos de subida. O Padroense não conseguiu o sucesso da Liguilha de Promoção e perdeu alguns dos seus principais jogadores, mas Augusto Mata coloca o objectivo na repetição, agora com sucesso, da época anterior. Bruninho, Sérgio Carvalho e Seidi serão, certamente, alguns dos artificies deste percurso. O Boavista parece querer regressar ao passado. Sob a batuta de Mário Silva, Fary, Renato Queiróz e Zamorano farão sonhar os adeptos boavisteiros. No Tondela, a opção foi por refazer a estrutura. Vítor Paneira é o novo timoneiro de uma equipa que junta jogadores experientes (Beré, Márcio Sousa, Mangualde) com jovens jogadores vindo de equipas primodivisionárias, como é o caso de Fábio Pacheco. Será difícil que alguma outra equipa consiga entrar nesta guerra, ainda que o Operário, de Francisco Agatão, seja normalmente uma equipa difícil de bater.
Já na Zona Sul, o Torreense parece ser o candidato que mais esforço fez para subir. Com António Pereira (ex-Atlético) como treinador, a equipa de Torres Vedras manteve Diego e contratou em quantidade, destacando-se dois craques desta divisão, Miguel Paixão e Hugo Pina. O despromovido Fátima tentará, com Ricardo Moura, regressar rapidamente às divisões profissionais. Ainda que o plantel tenha sido bastante transformado, jogadores com experiência como Kata, Marco Cadete e Jorge Neves poderão fazer a diferença. Outros candidatos serão ainda o Oriental do eterno Filipe Moreira (provavelmente o treinador com mais desaires na luta pela subida à 2ª Liga), o Mafra de José Bizarro (Veríssimo, Coça e Nuno Sousa poderão ser uma espinha-dorsal de sonho) ou o Tourizense.
Já na primeira jornada, o Fátima desloca-se até Torres Vedras. Qualquer ponto perdido ou ganho poderá fazer a diferença, num campeonato tão disputado como este.
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