A primeira
jornada da fase de grupos da Taça dos Libertadores trouxe algumas surpresas,
sobretudo as derrotas caseiras do Boca Juniors e do Grêmio. Das duas, o
resultado da equipa de Porto Alegre, orientada por Vanderlei Luxemburgo,
levanta algumas questões a merecer reflexão.
Para
começar, parece não haver grandes dúvidas que, no panorama Sul-Americano, as
equipas brasileiras têm um poder financeiro que lhes permite uma superioridade
aos seus adversários. A vitória do Palmeiras, equipa da Série B apurada via
Copa Brasil, sobre o Sporting Cristal demonstra bem essa situação. No entanto,
para o Grêmio, as coisas não podiam ter começado pior.
No entanto,
o Huachipato, orientado por Jorge Pellicer, deu uma lição de organização ao
conjunto brasileiro. Com duas linhas de quatro jogadores a fechar muito bem os
espaços de progressão para a sua baliza, a equipa conseguiu controlar o efeito
devastador que uma equipa com Barcos, Vargas, Elano e Zé Roberto poderiam
causar.
Mas também é
preciso entende que do lado do conjunto de Porto Alegre, em momento algum ficou
demonstrada a capacidade para fazer a diferença neste encontro. Barcos acaba de
chegar, vindo do Palmeiras, e o trio de médios mais ofensivos estiveram sempre
demasiado apagados para poder fazer a diferença. Ao intervalo, a perder por
0-1, a saída de Adriano (um médio de características mais defensivas) para
entrar Marcelo Moreno, povoou a
frente de ataque, mas abriu espaços que viriam a ser aproveitados pelo
adversário.
Nota ainda
para a fragilidade demonstrada pela dupla de centrais do Grêmio, Cris e Saimon.
Cris parece longe da qualidade demonstrada na Europa, ao serviço o Lyon, e
Saimon é ainda um jogador muito jovem. Os dois golos do Huachipato surgiram na
zona de influência destes jogadores, algo que terá que vir a ser repensado por
Luxemburgo, à procura do apuramento num grupo onde também está o Fluminense.
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