A Ucrânia disputará o seu primeiro Europeu em sua casa, algo
que pode ser visto como uma vantagem ou como uma pressão exagerada sobre uma
equipa que está longe do seu melhor. Entre estrelas em final de carreira e
jovens com pouca experiência internacional, Oleg Blokhin tenta o milagre de
levar os ucranianos a passar a primeira fase.
Os problemas do técnico ucraniano começam logo na baliza
onde os seus preferidos, Dikan e Shovkovskiy, se lesionaram e não poderão fazer
parte das contas. Assim, a titularidade será entregue a Pyatov, guarda-redes do
Shakhtar Donetsk, que apesar da experiência a nível de competições europeias,
não garante grande segurança à equipa. No entanto, para além dele, só existem
opções com uma ou nenhuma internacionalização.
Na defesa, Chingrinskiy está também fora das contas, sendo
que a base deverá ser a da equipa do Shakhtar, com Shevchuk do lado esquerdo,
Kucher e Rakitskiy nas centrais e o jovem Butko, do Illichivets, do lado
direito. Mykhalik e Kacheridi, ambos do Dínamo de Kiev, serão opções fortes
também para conseguir entrar na equipa.
No meio-campo, Tymoshchuk, que jogou a final da Liga dos
Campeões com a camisola do Bayern de Munique, é a principal referência a nível
defensivo. Aos 33 anos, o médio terá, muito provavelmente, a sua despedida da
seleção agendada para esta competição. Ao seu lado, Rotan deverá ser a mais
forte opção, para uma equipa que terá que tomar as devidas precauções a nível
defensivo. Depois, uma linha de três, que incluirá Yarmolenko, Alyiev, Gusev
(todos do Din. Kiev) ou o jovem Konoplyanka. Será nesta linha que o treinador
ucraniano depositará as suas esperanças em conseguir resultados no Euro.
Na frente, Shevchenko terá a oportunidade de luzir, por uma
última vez, no céu do futebol internacional. Aos 35 anos, a estrela da Ucrânia
terá a vontade de deixar a sua marca nesta competição. A lutar por um lugar ao
seu lado (saindo do onze um dos médios defensivos, Rotan) ou mesmo para ocupar
o lugar do craque, estão Voronin (outra das figuras de sempre da Ucrânia),
Marko Devic ou, mesmo, Artem Milevskiy, um jogador que muito prometeu no
Europeu de sub-21 de 2006, disputado em Portugal, nunca tendo, no entanto, confirmado
todo o seu potencial.
Os últimos dois anos da Ucrânia têm sido dedicados,
exclusivamente, a preparar e testar a equipa para o Euro 2012. Mas hoje, frente
à Estónia, a urgência de acertar é mais forte do que nunca. O drama de jogar em
casa está bem vivo na mente de uma equipa que quer justificar as ambições dos
seus adeptos. Conseguirá ultrapassar a barreira da primeira fase?
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