Sem constar do lote dos principais
favoritos, quer a Rússia, quer a Croácia poderão ser surpresas no
próximo Euro, dada a consistência dos seus conjuntos. Amanhã,
entram em campo para os primeiros jogos de preparação.
Com Dick Advocaat na liderança, a
equipa russa chega à fase final do Euro com a confiança em alta. A
liga local vive um momento de grande ânimo, com várias equipas a
reforçarem os seus plantéis e a maioria dos jogadores da seleção
a preferirem ficar por casa, em lugar de se aventurar por outras
ligas europeias. Assim sendo, não é de estranhar que apenas dois
jogadores sigam as suas carreiras longe da Mãe Rússia.
A baliza estará reservada para
Akinfeev, do CSKA. Na linha defensiva, a equipa sofreu uma perda
muito importante, com a lesão de Vasili Berezutski. Caberá ao seu
irmão Aleksei substituí-lo, ao lado de Ignatshevich. Anyukov, pela
direita, e Zhirkov, pela esquerda, completam um setor muito seguro,
que permitiu apenas quatro golos na fase de qualificação.
No meio campo, Zyryanov, Denisov e
Shirokov deverão compor a linha definida por Advocaat. A chamada do
sportinguista Marat Izmailov poderá possibilitar uma opção de
qualidade para a equipa russa. Na frente, o experiente Arshavin e o
jovem Dzagoev prometem espalhar o perigo, no que terão o apoio de
Pavlyuchenko, um dos melhores marcadores da equipa na qualificação,
ainda à procura de conseguir brilhar tão intensamente como o fez em
2008. Um novo Euro poderá ser um trampolim para o regresso do ponta
de lança aos seus tempos áureos.
O adversário de amanhã será uma das
seleções que mais tem cativado os adeptos do futebol nos últimos
anos. O Uruguai, semi finalista do Mundial e campeão da Copa
América, permitirá um teste de dificuldade elevado à equipa russa.
O outro europeu que entrará em campo amanhã, a Croácia, inicia a
preparação frente a um adversário teoricamente mais fácil, a
Estónia, que ainda assim atingiu os playoff de acesso à competição.
Slaven Bilic já anunciou que deixará
o comando da equipa croata no final do Euro, rumando ao Lokomotiv de
Moscovo. O antigo defesa central terá assim uma última oportunidade
de fazer brilhar a sua seleção. Para aqui chegar, os croatas
tiveram que eliminar a Turquia no playoff, depois de terem ficado em
segundo lugar de um grupo vencido pela Grécia.
O treinador operou diversas
modificações na equipa durante a fase de qualificação. Na baliza,
Pletikosa parece ter segurado o lugar que dividiu com Runje, agora
afastado da competição. À sua frente, Simunic e Schildenfeld
deverão ser os defesas centrais, com Vida a ocupar a lateral direita
e Corluka do lado esquerdo. Strinic e Pranjic serão outras duas
fortes opções para o setor mais recuado dos croatas.
No meio campo, Srna aparece descaído
na linha direita, com Rakitic a completar o outro extremo. Luka
Modric será, sem dúvida alguma, o maestro do jogo croata, deixando
provavelmente Kranjcar remetido ao banco de suplentes, com Dujmovic a
parecer ganhar a corrida a Vukojevic. Eduardo parece de pedra e cal
na frente de ataque, restando saber se será Mandzukic e Olic a
concorrer pelo lugar que sobra. Jelavic será outra das opções ao
serviço de Bilic.
Com tantas opções, a equipa croata só
poderá lamentar o grupo onde terá que enfrentar Espanha e Itália.
Mas que serão uma equipa com probabilidades de chegar à segunda
fase, isso ninguém poderá deixar de aceitar como possível.
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