Textos sobre desporto para quem pensa que a bola não entra na baliza ou no cesto por acaso.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
Barcelona e Real Madrid: presente e futuro (imediato)
|Luís F. Cristóvão
É impossível escapar à força de um Barcelona – Real Madrid nos dias de hoje, para mais quando ambas as instituições se prepararam tão bem para dominar o espetro comunicacional do desporto mundial. Com estratégias bem diferentes, os dois colossos espanhóis souberam colocar-se nas bocas do mundo e transformar as suas disputas em algo que ninguém pode perder.
A estratégia catalã, que passou por exacerbar o sentimento regionalista dos seus adeptos, através de um técnico que dominava na perfeição essa linguagem e com uma equipa de jogadores formados na “casa”, tem que lidar agora com a fragilidade da falta de um líder, não tanto ao nível desportivo, onde Tito Vilanova, perto ou longe, consegue manter o desenho tático, mas ao nível mental, onde a ausência de um líder que esteja ao lado dos jogadores se faz sentir na forma como o Barcelona se parece apagar em momentos de sobressalto.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
Um português entre as estrelas mundiais do andebol
Entrevista com Pedro Teixeira, jogador do
ARS Palma, da Liga ASOBAL
|Luís F.
Cristóvão
Pedro
Teixeira é um dos dois jogadores portugueses a atuar na Liga ASOBAL, o
campeonato de andebol espanhol, onde se encontram em campo com alguns dos
melhores jogadores do mundo. Depois de em Portugal se ter sagrado campeão
nacional com a camisola do FC Porto, Teixeira transferiu-se para o ARS Palma,
onde no último ano alcançou a subida ao principal escalão.
Numa altura
em que a sua equipa luta para permanecer entre os mais fortes, falamos com
Pedro Teixeira sobre as diferenças entre o Andebol em Portugal e Espanha.
O Palma del Rio está, atualmente, no último
lugar da Liga Asobal. O que vai ser preciso fazer para escapar à descida de
divisão?
É uma
situação complicada a que enfrentamos. A solução passa por, agora que chegam os
jogos da nossa liga, fazer do nosso pavilhão uma força. Sabemos que ganhando 4
ou 5 jogos nos podemos salvar e, apesar de termos que pontuar fora de casa, é
fundamental que comecemos desde a fazer-nos fortes em casa.
Tens enfrentado alguns dos melhores
jogadores do mundo, no país que alberga a seleção e a equipa que venceram os
respetivos campeonatos mundiais. Quais as sensações de estar a jogar a este
nível?
É incrível
jogar a este nível. Cada jogo tem uma intensidade altíssima e joga-se com
estrelas mundiais ou com lendas desta modalidade a cada semana.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
Petro de Luanda vence primeiro título da temporada
|Luís F. Cristóvão
Depois de
vencer por 1-0 em casa, o Petro de Luanda alcançou um empate no Calulo, frente
ao Rec. Libolo, a uma bola, assegurando assim a conquista da Supertaça de
Angola. Liderada pelo técnico angolano Miller Gomes, a equipa petrolífera
apresentou credenciais para se lançar na luta pela conquista do Girabola 2013,
que se inicia esta semana.
O destaque
da equipa do Petro vai para o seu meio-campo, área do jogo onde se superiorizou
ao Libolo na primeira mão, de uma forma bem dominadora, e onde esteve a chave
da reação que lhe valeu o empate fora. Osório não está na sua melhor forma
física, mas é um jogador de enormes qualidades, que ocupa bem o terreno e tem,
sobretudo a nível ofensivo, uma elevada preponderância na sua equipa. A bola
costuma sair direita do seus pés, permitindo que Chará, Dany e, sobretudo, Job,
que ocupa o corredor esquerdo, utilizem a sua velocidade sobre os adversários.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
O que perdeu o Sporting no Estoril?
|Luís F. Cristóvão
O Sporting perdeu por 1-3 no Estoril, na abertura da jornada 20 da Liga Zon Sagres, mas a derrota no jogo será a menor das preocupações para os sportinguistas. Na verdade, ao perder este encontro, perde-se definitivamente a esperança de que as últimas medidas tomadas por Godinho Lopes antes da sua demissão possam ter algum resultado positivo no campo desportivo.
Jesualdo Ferreira pode ser a pessoa certa para aguentar o barco até ao final da época, mas como manda a história, fragiliza em demasia a sua posição para que possa ser algo no Sporting do futuro. Não que o problema passe pelo Professor – pelo contrário. No entanto, Jesualdo é hoje alguém que se vai fragilizando a cada derrota, a cada reação, já que nada parece ser castigo suficiente sério para um conjunto de jogadores que já perdeu tudo – entre objetivos para a temporada, salários em atraso e total ausência de alternativas.
Mercado fecha sem grande movimento
|Luís F. Cristóvão
O dia 21 de
fevereiro estava marcado na agenda de todos os seguidores da NBA como o dia em
que grandes coisas poderiam acontecer. No entanto, o último dia de mercado de
trocas entre equipas acabou sem que nenhum movimento significativo tivesse
acontecido. Dwight Howard, o nome que andava nas bocas do mundo, irá terminar a
sua temporada em LA, com a camisola dos Lakers, entrando para a lista de
agentes livres (onde também figura Chris Paul) que irão animar o verão.
Olhando para
a lista de trocas deste último dia, J.J. Redick parece ser o nome mais sonante
a mudar de cidade. Junto de Ish Smith e Gustava Ayón, Redick vai vestir a
camisola dos Milwaukee Bucks, aumentando as suas esperanças (e a da sua nova
equipa) de assegurar um lugar nos playoff, algo que seria impossível em
Orlando. Os Magic continuam a mexer as peças do seu plantel, recebendo agora
Beno Udrih, Tobias Harris e Doron Lamb. Redick será um agente livre no próximo
verão, e os Magic optam por assegurar mais dois jovens para um grupo que
procurará uma estrela no Draft 2013.
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Derrota do Barcelona é surpresa na Champions
|Luís F.
Cristóvão
Podemos
apontar o caso do apostador inglês que acertou em todos os resultados da
primeira mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, mas falhou num dos
vencedores. A verdade é que a derrota do Barcelona é a grande surpresa desta
fase da prova.
Frente a um
AC Milan surpreendente, quer pelo seu acerto defensivo, quer pela forma como
foi progressivamente perdendo o medo de atacar os catalães, o plano de jogo do
Barcelona, centrado na paciência, saiu derrotado. Não haverá uma explicação
fácil para que os catalães tenham registado apenas um remate à baliza adversária
durante todo o jogo. Lionel Messi esteve ausente e nem a entrada de Alexis
Sanchéz alterou minimamente o que estava a acontecer em San Siro.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Terá o Rec. Libolo estofo para o tri?
|Luís F. Cristóvão
Depois de se
sagrar campeão em 2011 e 2012, o Recreativo do Libolo não hesitou em
reforçar-se com vista à temporada de 2013, onde para além do título no
Girabola, se apresenta com aspirações na Liga dos Campeões Africanos, onde no
ano passado não conseguiu ir além da primeira ronda.
A primeira
grande mudança é no comando técnico, com Zeca Amaral a dar o seu lugar a
Henrique Calisto. É a primeira vez que o técnico de Matosinhos treina em
Angola, depois de uma longa carreira em Portugal e no Vietname. O técnico
português estreou-se com uma vitória frente ao Simba, da Tanzânia, por 1-0, na
ronda preliminar da Champions, seguido de uma derrota pelo mesmo resultado na
primeira mão da Supertaça, no campo do Petro de Luanda.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
A derrota do Grêmio na Libertadores
|Luís F. Cristóvão
A primeira
jornada da fase de grupos da Taça dos Libertadores trouxe algumas surpresas,
sobretudo as derrotas caseiras do Boca Juniors e do Grêmio. Das duas, o
resultado da equipa de Porto Alegre, orientada por Vanderlei Luxemburgo,
levanta algumas questões a merecer reflexão.
Para
começar, parece não haver grandes dúvidas que, no panorama Sul-Americano, as
equipas brasileiras têm um poder financeiro que lhes permite uma superioridade
aos seus adversários. A vitória do Palmeiras, equipa da Série B apurada via
Copa Brasil, sobre o Sporting Cristal demonstra bem essa situação. No entanto,
para o Grêmio, as coisas não podiam ter começado pior.
No entanto,
o Huachipato, orientado por Jorge Pellicer, deu uma lição de organização ao
conjunto brasileiro. Com duas linhas de quatro jogadores a fechar muito bem os
espaços de progressão para a sua baliza, a equipa conseguiu controlar o efeito
devastador que uma equipa com Barcos, Vargas, Elano e Zé Roberto poderiam
causar.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
Algumas coisas que aprendemos na CAN 2013
|Luís F. Cristóvão
Passaram
menos de 24 horas da final da CAN 2013 e é tempo de fazermos um balanço do que
se passou na África do Sul.
África não
é, pelos nossos dias, o lugar onde se deverá ir à procura da magia do futebol.
Esta conversa voltou a estar na ordem do dia logo no início da competição, onde
uma sucessão de empates e jogos sem golos levou algumas vozes, menos habituadas
a acompanhar o futebol africano, a declarar pela enésima vez a morte do futebol
tradicional daquele continente.
No entanto,
há já muito tempo que o futebol africano não é caracterizado pela sua magia. A
generalidade das equipas baseia a sua principal força no físico, sendo que pela
primeira vez na história da competição nenhuma equipa do “Norte” conseguiu um lugar
nos quartos-de-final, facto que vem até reforçar esta ideia. Entre os quatro
semi-finalistas, todos os conjuntos tinham defesas fortes e médios de cobertura
que aplicam, como primeira opção, o seu corpo como arma para jogar a bola.
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