São 16 as equipas que iniciam hoje a
sua participação no Torneio Olímpico de Futebol, com a curiosidade
de que nenhuma das equipas que atingiram a final em 2008, Argentina e
Nigéria, marcam agora presença na competição.
No lote de favoritos, duas equipas
estão acima de qualquer outra. Brasil e Espanha. Na equipa
canarinha, oportunidade para ver uma das gerações mais promissoras
do futebol atual, com Neymar, Pato, Leandro Damião, Ganso, Lucas
Moura e Óscar, conjugada com elementos de maior experiência, como é
o caso de Hulk, Marcelo ou Thiago Silva. Nem o facto de Rafael, o
guarda-redes titular, ter sido afastado por lesão parece colocar em
causa a força dos brasileiros nesta competição.
A Espanha apresenta como base a equipa
que venceu o Europeu de Esperanças em 2011. Mata, Adrián Lopez,
Muniain, Javi Martínez, Jordi Alba e De Gea são apenas alguns dos
nomes que mais brilham numa equipa que tem um futebol tão letal
quanto a seleção principal. A presença do benfiquista Rodrigo
torna-se como um atrativo extra, num conjunto que tem muitas opções
para vencer.
Enquanto os brasileiros estão num
grupo, o C, onde ninguém parece forte o suficiente para lhe fazer
frente, com Egito, Bielorrússia e Nova Zelândia, os espanhóis
terão uma primeira fase ligeiramente mais complicada, com Marrocos
de Labyad e Japão de Usami a prometerem um bom futebol, para além
da incógnita representada pelas Honduras.
A pensar numa medalha
Os dois mais
fortes candidatos a entrar também na luta pelas medalhas estão no
Grupo A. A Grã-Bretanha joga em casa, capitaneada por Ryan Giggs, e
com um conjunto de estrelas onde também entram Danny Sturridge, Tom
Cleverley, Aaron Ramsey e Micah Richards. Mas os britânicos terão
um duro teste ao enfrentar, logo nesta fase inicial, o Uruguai. A
equipa celeste escolheu três craques para ocupar as vagas com idade
superior a 23 anos. Luís Suárez, Edinson Cavani e Arevalo Rios
oferecem uma experiência inigualável nesta competição. Para além
deles, jovens promessas como Coates, Lodeiro, Gaston Ramírez e
Urreta podem dificultar, e muito, a vida à equipa da casa,
lançando-se na corrida a uma medalha.
No Grupo A estão
ainda os desconhecidos dos Emirados Árabes Unidos e a equipa do
Senegal, que tem no seu plantel o defesa-central portista Abdoulaye e
o avançado Dame N'Doye que atua no Lokomotiv de Moscovo depois de
ter passado pela Académica.
No Grupo B, a
indefinição quanto ao vencedor é total. A Coreia do Sul, liderada
pelo avançado Park, do Arsenal, tem uma longa tradição em
competições internacionais. O México, com a geração de Giovani
dos Santos, apresenta-se como candidato a surpreender. A Suiça, com
Behrami e Xhaka, cumpre também um caminho iniciado pelo título
Mundial de Sub-17 em 2009, para além de apresentar no seu plantel o
nosso conhecido Diego Benaglio. E finalmente o Gabão, do fabuloso
Pierre Aubameyang, que promete trazer um perfume africano ao torneio
olímpico. No seu grupo, tem também um jogador que já passou por
Portugal, Didier Ovono, que jogou no Paços de Ferreira sem grande
relevância, mas que evoluiu para ser um dos guarda-redes mais
considerados do continente africano.
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