O discurso do treinador do Sporting,
Ricardo Sá Pinto, está recheado da palavra “acreditar”. Mas,
pelo que a equipa demonstrou no Estádio de Alvalade, ontem,
acreditar não chega.
O onze apresentado para defrontar o Rio
Ave cometia alguns dos mesmos erros do ano passado (como manter os
extremos muito afastados do ponta-de-lança ou não recorrer a um
verdadeiro número 10), juntando-lhes uma nova tendência (utilizar
dois médios recuados frente a uma adversário que se fecha em redor
da sua área) que parecia não prometer nada de bom.
Para além disso, a displicência com
que a equipa abordou a primeira parte apenas serviu para alimentar a
confiança do Rio Ave que, no início do jogo, não era muita, mas
foi crescendo aos poucos, com Felipe Augusto a mostrar-se como craque
e Esmael e Del Valle como boas opções para uma equipa que explora
os espaços vazios na defensiva adversária.
Finalmente, se Sá Pinto e a equipa
acreditam, o mesmo parece não acontecer com uma boa parte dos
adeptos. Ontem, o treinador cometeu um dos seus excessos
incompreensíveis. No final da partida, e perante os assobios de uma
das bancadas, Sá Pinto “obrigou” os seus jogadores a
dirigirem-se a um grupo de adeptos, como que em sinal de contrição.
Apenas mais um gesto de confusão sobre
quem deve pensar e mandar para os lados de Alvalade.
Sem comentários:
Enviar um comentário