quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Antevisão da Primeira Liga – I


A apenas um dia do início da Primeira Liga, o Falamos Futebol dividiu os dezasseis participantes em dois grupos para revelar o que se pode esperar de cada uma das equipas. Hoje começa pelos classificados abaixo do 9º lugar na temporada passada.

Tendo terminado em 9º lugar no seu regresso à Liga principal, o Gil Vicente continua a crescer em ambição no futebol português. O plantel poderá ter perdido a sua principal estrela, Hugo Vieira, que ainda assim poderá regressar por empréstimo. Na sua estrutura, mantém-se pedras base como o guardião Adriano e o central Cláudio, com grandes expectativas para saber o que poderá fazer César Peixoto. O mais provável será voltar a ver o Gil Vicente terminar a meio da tabela, com a possibilidade de surpreender numa das Taças, tal como fez na Taça da Liga em 2012.


O Paços de Ferreira tremeu no ano passado, depois da saída de Rui Vitória, e para este ano decidiu voltar a apostar num treinador feito nas divisões secundárias. Paulo Fonseca tem como missão trazer de volta a raça do Paços, com um plantel que vê regressar Antunes e poderá ter em Jaime Poulson, ex-Varzim, uma das suas principais contratações. Por outro lado, espera-se que Caetano possa finalmente confirmar-se como referência ofensiva de uma equipa que terá como objetivo fazer do seu Estádio um reduto impossível de derrubar.

Com José Mota no leme, o Vitória de Setúbal espera ter ultrapassado os momentos mais conturbados da sua história recente. A equipa foi rejuvenescida com alguns elementos que parecem trazer o selo do treinador, mantendo-se, no entanto, jogadores como Ricardo Silva e Meyong, que dão garantias de experiência e capacidade de decidir. Miguel Pedro, chegado do despromovido Feirense, poderá ser a figura de uma equipa que lutará para não descer.

O que poderá valer o Beira-Mar de Ulisses Morais é uma incógnita a ser resolvida durante o primeiro terço do campeonato. Numa equipa onde os recursos parecem ser limitados, a opção de fazer contratações de “marketing” cria algumas dúvidas sobre a consistência do plantel. Ainda assim, o saudita Saleh poderá ser uma boa surpresa, juntando-se a Javier Balboa e Cédric Collet como as principais figuras de uma equipa que tentará fugir, rapidamente, aos últimos lugares da tabela classificativa.

2012 foi o ano do renascimento da Académica. Depois de várias épocas a investir no crescimento da equipa, e apesar de um 13º lugar no final da Liga, a equipa de Coimbra venceu a Taça de Portugal e garantiu um lugar na Fase de Grupos da Liga Europa. Grandes responsabilidades para um conjunto que se viu reforçado com alguns jogadores brasileiros (Afonso, Makelele, Clayton) desconhecidos, jogadores com experiência na Liga Portuguesa (Rodrigo Galo, John Ogu e Saleiro) e uma aposta num avançado vindo dos escalões amadores de Itália, Salim Cissé. Parecendo ter diversas opções, haverá que esperar para ver até onde poderá chegar Pedro Emanuel numa aventura muito acima daquilo que tem sido a realidade academista.

Grandes mudanças também no Rio Ave, que entra na nova temporada com novo treinador, Nuno Espírito Santo, e um plantel bastante reforçado. Destaques para as chegadas de Oblak, guarda-redes emprestado pelo Benfica que brilhou na União de Leiria, Filipe Augusto, jovem craque do Bahía, e o avançado Esmael Gonçalves, que jogava no Nice. Numa equipa que apresenta muita juventude e ambição, esperar-se-á uma prestação acima da média na Liga Portuguesa. Como reagirão os jogadores e o treinador a essa pressão, é algo que só se irá perceber quando os jogos começarem.

As duas equipas que subirão à Primeira Liga não deverão aspirar a mais do que lutar para não cair, de novo, na Segunda Liga.

O Estoril Praia, treinado por Marco Silva, procurou adicionar experiência, com Hugo Leal, num conjunto já muito trabalhado nos últimos dois anos. O regresso do avançado Luís Leal também demonstra essa preocupação em não mudar uma dinâmica que se fez vencedora. O Campo da Amoreira é um terreno tradicionalmente difícil para os adversários, mas a equipa terá que se superar para conseguir pontos fora de casa, de modo a fugir ao fundo da tabela.

O Moreirense tem uma realidade bastante próxima da do Estoril. Com um grupo consolidado no ano passado, liderado por Jorge Casquilha, a preocupação passou por reforçar com experiência os diversos setores. Diego Gaúcho, Manuel Curto e o uruguaio Pablo Olivera cumprirão esse papel de fortalecer um conjunto que teve em jogadores como Wagner e Fábio Espinho as suas principais figuras na caminhada para a subida.



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