A apenas um dia do início da Primeira
Liga, o Falamos Futebol dividiu os dezasseis participantes em dois
grupos para revelar o que se pode esperar de cada uma das equipas.
Hoje começa pelos classificados abaixo do 9º lugar na temporada
passada.
Tendo terminado em 9º lugar no seu
regresso à Liga principal, o Gil Vicente continua a crescer em
ambição no futebol português. O plantel poderá ter perdido a sua
principal estrela, Hugo Vieira, que ainda assim poderá regressar por
empréstimo. Na sua estrutura, mantém-se pedras base como o guardião
Adriano e o central Cláudio, com grandes expectativas para saber o
que poderá fazer César Peixoto. O mais provável será voltar a ver
o Gil Vicente terminar a meio da tabela, com a possibilidade de
surpreender numa das Taças, tal como fez na Taça da Liga em 2012.
O Paços de Ferreira tremeu no ano
passado, depois da saída de Rui Vitória, e para este ano decidiu
voltar a apostar num treinador feito nas divisões secundárias.
Paulo Fonseca tem como missão trazer de volta a raça do Paços, com
um plantel que vê regressar Antunes e poderá ter em Jaime Poulson,
ex-Varzim, uma das suas principais contratações. Por outro lado,
espera-se que Caetano possa finalmente confirmar-se como referência
ofensiva de uma equipa que terá como objetivo fazer do seu Estádio
um reduto impossível de derrubar.
Com José Mota no leme, o Vitória de
Setúbal espera ter ultrapassado os momentos mais conturbados da sua
história recente. A equipa foi rejuvenescida com alguns elementos
que parecem trazer o selo do treinador, mantendo-se, no entanto,
jogadores como Ricardo Silva e Meyong, que dão garantias de
experiência e capacidade de decidir. Miguel Pedro, chegado do
despromovido Feirense, poderá ser a figura de uma equipa que lutará
para não descer.
O que poderá valer o Beira-Mar de
Ulisses Morais é uma incógnita a ser resolvida durante o primeiro
terço do campeonato. Numa equipa onde os recursos parecem ser
limitados, a opção de fazer contratações de “marketing” cria
algumas dúvidas sobre a consistência do plantel. Ainda assim, o
saudita Saleh poderá ser uma boa surpresa, juntando-se a Javier
Balboa e Cédric Collet como as principais figuras de uma equipa que
tentará fugir, rapidamente, aos últimos lugares da tabela
classificativa.
2012 foi o ano do renascimento da
Académica. Depois de várias épocas a investir no crescimento da
equipa, e apesar de um 13º lugar no final da Liga, a equipa de
Coimbra venceu a Taça de Portugal e garantiu um lugar na Fase de
Grupos da Liga Europa. Grandes responsabilidades para um conjunto que
se viu reforçado com alguns jogadores brasileiros (Afonso, Makelele,
Clayton) desconhecidos, jogadores com experiência na Liga Portuguesa
(Rodrigo Galo, John Ogu e Saleiro) e uma aposta num avançado vindo
dos escalões amadores de Itália, Salim Cissé. Parecendo ter
diversas opções, haverá que esperar para ver até onde poderá
chegar Pedro Emanuel numa aventura muito acima daquilo que tem sido a
realidade academista.
Grandes mudanças também no Rio Ave,
que entra na nova temporada com novo treinador, Nuno Espírito Santo,
e um plantel bastante reforçado. Destaques para as chegadas de
Oblak, guarda-redes emprestado pelo Benfica que brilhou na União de
Leiria, Filipe Augusto, jovem craque do Bahía, e o avançado Esmael
Gonçalves, que jogava no Nice. Numa equipa que apresenta muita
juventude e ambição, esperar-se-á uma prestação acima da média
na Liga Portuguesa. Como reagirão os jogadores e o treinador a essa
pressão, é algo que só se irá perceber quando os jogos começarem.
As duas equipas que subirão à
Primeira Liga não deverão aspirar a mais do que lutar para não
cair, de novo, na Segunda Liga.
O Estoril Praia, treinado por Marco
Silva, procurou adicionar experiência, com Hugo Leal, num conjunto
já muito trabalhado nos últimos dois anos. O regresso do avançado
Luís Leal também demonstra essa preocupação em não mudar uma
dinâmica que se fez vencedora. O Campo da Amoreira é um terreno
tradicionalmente difícil para os adversários, mas a equipa terá
que se superar para conseguir pontos fora de casa, de modo a fugir ao
fundo da tabela.
O Moreirense tem uma realidade bastante
próxima da do Estoril. Com um grupo consolidado no ano passado,
liderado por Jorge Casquilha, a preocupação passou por reforçar
com experiência os diversos setores. Diego Gaúcho, Manuel Curto e o
uruguaio Pablo Olivera cumprirão esse papel de fortalecer um
conjunto que teve em jogadores como Wagner e Fábio Espinho as suas
principais figuras na caminhada para a subida.
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