Num pavilhão muito bem composto, com a claque valonguense a marcar ruidosa presença, Física e Valongo encontraram-se para disputar jogo da terceira jornada do Nacional de Hóquei em Patins, numa partida onde o favoritismo pendia para os da casa. Ainda assim, foi a equipa forasteira quem entrou por cima no jogo, surpreendendo a equipa da casa com um jogo agressivo de pressão intensa sobre o jogador com posse de bola. Não será, por isso, de espantar que o tenham conseguido marcar primeiro, aos 8 minutos da primeira parte. A Física reagiu, como seria de esperar, e dominou todo o resto da primeira parte, dando a volta ao marcador com dois golos de German Dates. No entanto, o resultado de 2-1 não espelhava fielmente aquilo que se passava dentro do ringue. A Física falhou mais de uma mão cheia de oportunidades flagrantes, sendo que o seu adversário também viu o guarda-redes Carlos Coelho negar-lhe o golo por três vezes.
No início da segunda parte, a Física voltou a pressionar o adversário, mas só conseguiu marcar ao passar dos 14 minutos, com Alan Fernandes a fazer golo num lance de livre directo. Ainda assim, o Valongo reduziu de novo o marcador na jogada seguinte, atingindo o empate três minutos depois. A equipa valonguense mostrou-se sempre muito agressiva, recorrendo ao choque como forma de intimidar a equipa de Torres Vedras, neste jogo incapaz de colocar em campo a sua superioridade técnica. A equipa da arbitragem também dava sinais de se deixar intimidar pela agressividade da equipa nortenha e permitiu uma série de lances que as novas regras sancionam.
O lance capital da partida deu-se aos 18 minutos da segunda parte, com uma grande penalidade assinalada na área do Valongo e o jovem Carlos Garrancho a marcar o 4-3. A partir daqui a Física pegou na bola e tornou o jogo mais lento, ganhando precioso tempo devido a uma excelente troca de bola. Mérito para o Valongo que nunca desistiu de procurar o empate, tendo tido soberana oportunidade a apenas 12 segundos do fim, desperdiçando um livre directo.
No final, vitória merecida para a equipa da Física que não esteve nos seus melhores dias mas mostrou capacidade de sofrimento para levar de vencida uma equipa do Valongo muito lutadora, mas sem capacidade para impor o seu jogo sem recorrer ao choque físico, supostamente não permitido pelas novas regras. A pior equipa em campo foi a de arbitragem, demonstrando alguma desorientação em vários lances e permitindo um tipo de jogo que já não se vê na maioria dos ringues.
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