(Foto:Lusa) |
Há muito tempo que Jorge Jesus não vivia uma semana tão calma para os lados da Luz. A vitória, por números esclarecedores, em Aveiro e a aparente concórdia que transpareceu da atitude dos jogadores no jogo disputado frente ao Beira-Mar, foi reforçada com a entrevista de David Luís, reafirmando a sua vontade de conquistar mais títulos no Benfica.
Assim, Jesus respirou de alívio e pôde preparar a recepção ao Olhanense, em jogo a contar para a jornada 13 da Liga Zon Sagres, na paz dos anjos. O plantel benfiquista chega a este jogo sem qualquer impedimento, dado que não será de somenos importância. Com a defesa estabilizada desde o ano passado, faltava aos encarnados uma intermediária equilibrada.Ruben Amorim, que esteve fora por lesão durante dois meses, apresentou-se como figura fulcral no último jogo benfiquista. Javi Garcia também está perto de retomar os níveis que fizeram dele o melhor trinco do campeonato passado e Carlos Martins vive um dos melhores períodos da sua carreira.
Assim, restarão poucas dúvidas de que, com a esquerda entregue ao jovem Nico Gaitán,Pablo Aimar começará o jogo no banco de suplentes. O número dez argentino tem estado uns furos abaixo do esperado e a falta de ritmo enfraquece a sua candidatura a um lugar na equipa titular. O ataque, esse, estará entregue ao ressuscitado Cardoso, de quem se esperam golos e assistências para Javier Saviola, outro dos jogadores com sinal menos nos últimos jogos do Benfica.
Para os olhanenses, as notícias são pouco animadoras. Dois dos habituais titulares no meio-campo, Delson e Vinícius, estão afastados por lesão e Daúto Faquirá ainda não terá decidido quem substituirá o segundo, jogador de quem ser fala estar perto de dar o salto para um clube de maiores ambições. As soluções poderão passar pela utilização de Cadú ou de Lulinha, jovem brasileiro que chegou a estar nas cogitações da direcção benfiquista, quando era uma das grandes promessas da formação do Corinthians.
Quem regressa a um lugar onde já foi feliz é o guarda-redes Moretto. O brasileiro está de volta a Portugal, depois de uma passagem pela Polónia, e terá, na sexta-feira, o primeiro reencontro com a equipa onde atingiu notoriedade internacional.
Esta temporada, os algarvios ainda não venceram nenhum jogo fora e, em jogos da Liga, passam por um período complicado, com três empates e duas derrotas nos últimos cinco encontros. O que ainda vai mantendo em alta o espírito do plantel são os resultados positivos naTaça da Liga e na Taça de Portugal, onde se mantém em prova.
Olhando para o histórico das visitas do Olhanense ao estádio dos campeões nacionais, as perspectivas não podiam ser mais animadoras para a equipa encarnada. Os algarvios conseguiram um empate numa das últimas visitas, na longínqua época de 74/75. O que estará vivo na memória de todos são as visitas em 2008/09, em jogo a contar para a Taça da Liga, quando o Benfica ganhou por 4-1, com Diego Armando Maradona a observar o, na altura promissor, Di María, marcar um dos seus melhores golos com a camisola das águias.
Na época passada, em plena cavalgada para o título, o Olhanense viu-se atropelado pelos futuros campeões, saindo derrotado por 5-0, num jogo onde o paraguaio Tacuara fez um hat-trick. O ambiente é, assim, propício a mais uma vitória benfiquista na noite de sexta-feira, onde o frio não impedirá uma plateia bem composta.
Com os resultados da semana anterior, o Benfica aproximou-se da liderança da Liga e a confiança parece querer reencontrar-se com os homens da Luz. O Olhanense lutará para ser a surpresa da jornada, mas as expectativas são mínimas. Este não é o campeonato do Olhanense, seguramente. Enquanto, para o Benfica, a festa está agora a começar.
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