quarta-feira, 29 de junho de 2011

Eurobasket: New Seattle Storm Signing Ewelina Kobryn & The Americans in the Competition


It’s all happening in Poland, as Eurobasket is played.
The competition has started off with surprises, with all the teams giving their best to reach the London 2012 Olympics. One team that won’t be there is the big favorite, Spain. After losing to Croatia in the last game of the second phase, the Spanish side (where Sancho Lyttle has left a lot to be desired…) is living one of the worst basketball moments of  these last years.  But we’ll analyze that in another article.
For now, all the American attention has turned to Ewelina Kobryn, after the Seattle Storm signed her to help out after  the loss of center Lauren Jackson, reportedly out 12 weeks due to injury. Seattle had already shown interest in Kobryn during the preseason, but, as she told to the Polish website pracuj.pl, "they wouldn’t let me play Eurobasket and I couldn’t accept that".
As things turned out, Kobryn was able to play Eurobasket in her own country and will have now a place on the roster of the defending WNBA champions.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Bartleby de Sarriá


Enrique Vicenç viveu sempre no bairro de Sarriá, à sombra do estádio do Real Español, seu clube de razão e coração, como ele gostava de dizer. O Real Español é a maior equipa de Barcelona, se exceptuarmos uma outra, da qual Enrique nem se atrevia a dizer o nome. Desde bem pequeno, era vê-lo a correr para as bancadas do Sarriá (que também era o nome do estádio), a vibrar pela equipa das camisolas azuis e brancas, a gozar as vitórias e a chorar as derrotas do seu clube. Não espanta por isso que, mal teve idade para tal, Enrique Vicenç se tenha tornado jogador do Real Español.
Enrique foi sempre o jogador mais destacado das escolas do Real Español. Para além da enorme classe que transportava para dentro de campo, sentia também a camisola do clube como nenhum outro. Diz-se que cedo deixou a escola para que pudesse passar mais tempo junto do Sarriá. E então, bem novo, acumulou com a carreira de jogador uma série de pequenas tarefas na estrutura do clube, desde engraxador de botas, até varredor de bancadas, apanha-bolas ou mesmo técnico de equipamentos. Para Enrique, tudo se fazia, desde que fosse no Real Español.
Na memória de todos os aficionados do Real Español ficaram gloriosos encontros de juniores contra o FC Barcelona (ou, os outros, como dizia Enrique), quando Vicenç pegava na bola e se encantava a fintar todos aqueles que lhe apareciam pela frente, até voltando atrás para fintar pela segunda vez alguns deles, antes de finalizar em golo as brilhantes jogadas. Enrique Vicenç era um fabuloso jogador, um apaixonado pelo seu clube, um odioso adversário dos seus rivais, e tudo isso fez com que crescesse à sua volta uma lenda, um mito apenas semelhante aos dos mais antigos, de que seria ele o líder do primeiro Real Español campeão de Espanha. Era nisso que todos acreditavam.
A ambição de Enrique, por seu lado, não era menor. É claro, ele sonhava com o dia em que pudesse festejar o campeonato no seu Sarriá, rodeado de todas as honrarias guardadas para os heróis dos grandes títulos. Mas também se imaginava a capitanear a equipa do Real Español vencendo uma Taça do Rei, que lhe fugia desde 1940, ou então conquistando uma taça europeia, a Uefa, a das Taças, a dos Campeões até, fazendo o nome do seu clube brilhar entre os melhores do mundo. Era com isso que Enrique sonhava, ele que era o melhor jogador de sempre formado no Real Español.
Quando no início dos anos oitenta se tornou profissional, Enrique Vicenç estava mais perto do que nunca de cumprir o seu sonho. Tudo se confirmava, agora, daquilo que se esperava deste jovem jogador. Os brilhantes jogos no campeonato, as incríveis lutas nos jogos da Taça do Rei, as chamadas à selecção. Enrique era o pólo da atenção de todos aqueles que viam os jogos do Real Español . Depois de anos de lutas infrutíferas, em 1988 chegou a grande oportunidade de Vicenç.  Depois de eliminar AC Milan, Inter de Milão, Viktovice e Club Bruges, o Real Español chegou à final da Taça Uefa para enfrentar o Bayer Leverkusen.
No dia 4 de Maio de 1988, 42000 pessoas enchiam o Estádio Sarriá. Enrique Vicenç saiu em ombros, depois de marcar dois golos na vitória de 3-0 da sua equipa. Os de Barcelona sorriam com a possibilidade tão próxima de conquistar um troféu europeu. Muitos deles foram até Leverkusen para o jogo da segunda mão. A realidade nunca foi tão dolorosa para os adeptos do Real Español. Com uma primeira parte a cumprir as expectativas, os espanhóis acabaram por sofrer três golos na segunda parte, perdendo no desempate das grandes penalidades. Pior que tudo, foi Enrique Vicenç que falhou a última penalidade.
Ele tinha 26 anos e abandonou o futebol. Quando no final do Verão de 88 a equipa do Real Español voltou aos treinos, Enrique Vicenç não apareceu. Os adeptos, apesar da desilusão de Leverkunsen, acreditavam ainda que seria Enrique o líder das conquistas do seu clube e esperavam que ele não os decepcionasse na próxima oportunidade em que chegassem a uma final. Viam-no passar na rua, sempre um pouco cabisbaixo, e muitos acreditam que ele passeava em volta do Sarriá em dias de jogo, como se tentasse ganhar coragem para voltar a entrar no estádio que tinha papel principal em todos os seus sonhos.
Os adeptos sofriam com esta opção de Enrique. E embora isso não os tenha consolado, um texto de Pere Gimferrer na revista Destino orientou-os. Comentando que a carreira de Vicenç estava encerrada para sempre, dizia Gimferrer: “Mas nos olhos (de Vicenç), mais serena, pulsa a mesma chispa: um fulgor visionário, agora secreto na sua lava oculta […]. Para lá do imediato, pressente-se um surdo rumor de oceanos e abismos: Vicenç continua pelas noites sonhando jogadas e golos, embora já não os marque.”
Futebol não jogado, mas vivido pela mente: um final belíssimo para alguém que deixa de jogar.

(Nota: os dois últimos parágrafos são uma transcrição, modificada, de outros dois parágrafos do livro Bartleby & Companhia, de Enrique Villa-Matas.)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Antes inventado


Descendente de uma família das Antilhas, Thierry Henry nasceu nos arredores de Paris, tendo sido aí que despontou para o futebol.  Desde cedo que o seu estilo felino de pegar na bola e avançar pelo terreno de jogo prometia um grande jogador. Talvez tenha sido por isso que, durante a sua formação, foi evoluindo de clube em clube, recebendo sempre promessas de mais apoio e mais qualidade na preparação das suas características. Les Ulis, Palaiseau e Viry-Châtillon foram os pequenos clubes onde Henry foi acompanhado de seu pai, que era quem o obrigava a apresentar-se nos treinos, coisa que, para o jovem Thierry, não fazia parte das prioridades.
Aos dezassete anos, após ter sido várias vezes observado, Henry assinou pelo AS Mónaco. Aí completou a sua formação e estreou-se como jogador da equipa principal. Começava então a fulgurante carreira do jovem no campeonato francês, com direito a chamadas à selecção de sub-20 e, pouco depois, também à selecção principal. Henry era um avançado que jogava descaído na esquerda, utilizando a velocidade e a finta como suas principais armas. Com apenas vinte e um anos, Thierry Henry já fazia parte da selecção francesa que foi campeã mundial, o que o fez passar a ser conhecido internacionalmente.
Bastaram apenas mais quatro meses para que Henry fosse negociado para um dos maiores campeonatos do mundo, o italiano. No entanto, as suas características exigiam espaço de execução  e isso era algo que os adversários pouco lhe permitiram nessa época. Assim, acabou por deixar a Juventus e assinar pelo Arsenal de Londres, onde foi reencontrar o treinador Arséne Wenger. Acabou por ser em Inglaterra que Henry cumpriu tudo aquilo que havia prometido. Centenas de jogos e golos obtidos com a camisola vermelha e branca do clube londrino, dois campeonatos, três taças, mais um título europeu de selecções. Henry tornou-se, de facto, num herói.
Curioso, no entanto, é o facto de no futebol os heróis terem tanta atracção pelo abismo. Fosse porque se cansara da vida em Londres, do estilo pouco atraente que o Arsenal colocava agora no seu jogo, constantemente ultrapassado pelos adversários na classificação, fosse, ainda, por se sentir atraído pelas sereias de Barcelona, Thierry Henry acabou por assinar pela grande equipa da Catalunha. Aí continuou a sua senda de títulos, mas o brilho já não era o mesmo. Ganhando taças em Espanha e na Europa, Thierry Henry era apenas uma peça da engrenagem blaugrana, sem a admiração que lhe era votada nos tempos do Arsenal.
Será que os heróis do futebol são personagens passageiras? Será que não há nada que possam fazer para se manter, sempre, nos corações daqueles que enchem estádios para os ver? Será que era nisso que Thierry Henry pensava quando, a 18 de Novembro de 2009, já em período de prolongamento do play-off de apuramento Mundial contra a Irlanda, decidiu meter a mão à bola, originando assim o golo que apurou a França? A verdade é que, na senda do apagamento da sua importância no clube onde jogava, este episódio causou uma onda de indignação à volta do seu nome. O até ali menino-quase-perfeito, aparecia agora como vilão do anti-fairplay, o que era um enorme dano à sua imagem.
Para piorar as coisas, só mesmo a carreira da França no Mundial de 2010, com Henry a assistir a todos os jogos sentado no banco, só entrando quando já nada parecia adiantar a um conjunto que tentava sobreviver a lutas internas de protagonismo e poder. Henry perdera o seu estatuto de capitão de equipa, a sua importância e influência junto dos seus jovens colegas de equipa, até o treinador perdera confiança nas suas qualidades para ajudar a selecção. A única pessoa que pareceu dar-lhe ainda algum valor foi o Presidente da Republica, que o recebeu mal a equipa foi eliminada, numa reunião que mais pareceu uma ida do aluno queixinhas à sala do director da escola.
É estranho como um herói se desgasta. Como uma figura que todos respeitam, em poucos meses, se vê envolvida em situações que a tornam dispensável, vergonhosa, infame. Estranho também como, a certas personagens, preferíamos inventá-las. Poder pensar que, ao acabar um texto, essa personagem ficaria quieta e sossegada na página, incapaz de tomar mais alguma decisão que a faça perder, uma outra vez, aquele brilho que nos originou nos olhos quando a vimos correr na relva pela primeira vez.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Porto é campeão

Os Dragões venceram o Benfica na finalíssima da LPB, por 86-76, e festejaram assim o seu primeiro título desde 2004.

Numa final onde as equipas visitantes foram sempre muito afectadas pela ansiedade, o jogo 7 não foi excepção.  Mesmo sem  qualquer ponto de Ben Reed ou Greg Jenkins na primeira parte da partida, o Benfica ia conseguindo manter a proximidade no marcador, muito graças ao acerto de Marquin Chandler. Do outro lado, a equipa do Porto tinha momentos de muito acerto, que lhe fizeram ganhar dez pontos de avanço logo no primeiro quarto, conjugados com períodos de adormecimento, que permitiam a recuperação do Benfica.

No início da segunda parte, o Porto entrou decidido a fechar o jogo e, com um parcial de 9-0, praticamente colocou o Benfica fora da disputa. No entanto, Ben Reed tinha uma ideia diferente.  Pegando no jogo dos encarnados, Reed manteve o Benfica vivo até aos minutos finais, onde a diferença de dez pontos era já inultrapassável.  Sean Ogirri (25 pontos) foi o melhor marcador da partida, onde Greg Stempin (20 pontos, 10 ressaltos) teve também um papel preponderante. Do lado das águias, Ben Reed (14 pontos, 7 ressaltos) e Marquin Chandler (16 pontos, 5 ressaltos) foram os melhores jogadores.

O Porto Ferpinta atingiu o título, primeira conquista do treinador Moncho López. Os jogadores utilizados pelo técnico espanhol foram os seguintes: Greg Stempin, Julian Terrell, Sean Ogirri, Carlos Andrade, Nuno Marçal, Miguel Miranda, José Costa, João Santos, João Soares, Diogo Correia, David Gomes, Pedro Catarino, André Pereira, Miguel Maria Cardoso. 

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Terceira Basket campeão

A equipa açoriana venceu em Barcelos (61-68) e festejou o título de campeão da Proliga, cumprindo a proeza de entrar nos playoff em sexto lugar e terminar como vencedor.

O último jogo começou com ascendente da equipa da casa, mas a resposta do Terceira Basket no segundo período, onde conseguiu um parcial de 23-8, impôs uma distância difícil de recuperar. No regresso dos balneários, a equipa minhota conseguiu voltar a colocar pressão sobre a equipa da Terceira, mas o jogo mais ofensivo da equipa açoriana permitiu-lhes ir assegurando os pontos necessários para a vitória.

Durrell Nevels (14 pontos, 19 ressaltos) e Nate Bowie (20 pontos, 8 ressaltos, 8 assistências) foram as principais figuras da equipa terceirense, enquanto João Moreira (17 pontos, 10 ressaltos)esteve em destaque na equipa da casa.

A equipa do Planeta Basket que acompanhou a Proliga nesta temporada de 2010/11 dá os parabéns ao clube açoriano, à sua direcção e a todos os elementos que o representaram nesta temporada.

Jogadores: Nate Bowie, Durrell Nevels, Álvaro Pontes, Diogo Gonçalves, Frederico Tavares, João Ávila, Eugénio Silva, António Pimentel, Dédalo Enes, Pedro Matos, Andrew Morris, Fernando Ferreira e Alexandre Rocha. Treinador: Rui Fonseca (que substituiu Nuno Barroso após a sua saída para o Lusitânia.