|Ricardo Silva
O basquetebol brasileiro na última década conseguiu obter uma evolução bastante significativa, algo que lhe proporcionou por exemplo a participação nos últimos Jogos Olímpicos de 2012, o que não acontecia desde Atlanta 1996, curiosamente com a presença de Óscar Schmidt na equipa. De referir também, que esta seleção de 2012 conseguiu obter a melhor classificação desde 1968, ou seja, o 5º lugar da classificação final. Ao nível dos jogadores brasileiros destacamos que, quer na NBA, aonde evoluem Anderson Varejão (Cleveland Cavaliers), Tiago Splitter (San Antonio Spurs), Néné Hilário (Washington Wizards), Fabio Melo e Leandro Barbosa (ambos nos Boston Celtics), quer na liga ACB, com Marcelinho Huertas (Barcelona), Lucas Nogueira (Estudiantes), Rafael Luz (Obradoiro), Raulzinho Neto (Lagun Aro), Rafael Hettsheimeir (Real Madrid), Augusto Lima (Unicaja) e Vitor Faverani (Valência), o Brasil está muito bem representado.
De facto tanto nas equipas da NBA como nas equipas da ACB, a grande maioria destes atletas possui um peso bastante significativo em termos de importância e preponderância dentro das mesmas. Se verificarmos que além destes jogadores ainda se encontram no NBB, campeonato brasileiro, jogadores como Paulo Prestes, Alex Garcia, Guilherme Giovannoni (todos no Brasília), Caio Torres ou Marcelinho Machado (ambos no Flamengo) constatamos rapidamente que a “Ordem e o Progresso” estão a imperar na realidade brasileira.
Um fator decisivo, na nossa opinião e face a esta conjuntura, é a influência e contribuição espanhola na formação da grande maioria destes atletas, quer nos escalões de base, quer já nos importantíssimos primeiros anos de carreira em seniores de clubes com essa preocupação formativa. Casos como o de Anderson Varejão no Barcelona, Tiago Splitter na Caja Laboral-Baskonia, Marcelinho Huertas no Joventut Badalona, Lucas Nogueira e Caio Torres no Estudiantes, Raulzinho Neto no Lagun Aro, Augusto Lima, Vitor Faverani e Paulo Prestes no Unicaja são percursos e realidades que comprovam esse fator.
Por outro lado, e concluindo, é curioso verificar as estreitas relações criadas e mantidas entre o nosso “país irmão” e “nuestros hermanos” nestes últimos dez anos, ou seja, a ocupação do cargo de selecionador do Brasil por parte de Moncho Monsalve, antes do atual, o argentino Rubén Magnano, e a contratação de dois treinadores espanhóis, Paco Garcia e Arturo Alvarez, para ocuparem o cargo de treinadores de duas equipas, Mogi das Cruzes/Helbor e Palmeiras, da principal liga brasileira, o NBB. Aguardemos novos sucessos!
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