|Luís F.
Cristóvão
Jesualdo
Ferreira apresentou no Municipal de Coimbra um onze semelhante ao utilizado
frente ao FC Porto, na jornada anterior, esperando que a equipa desse respostas
diferentes. No encontro frente aos campeões nacionais, o objetivo passava por
ocupar espaços, recorrendo a um trio de jogadores com capacidades defensivas na
intermediária, aguentando assim o ímpeto ofensivo do adversário. Frente à
Académica, esse mesmo trio, teria que fazer a equipa avançar no terreno, com
posse de bola, de forma a procurar o desejado golo.
Obviamente,
não resultou.
Por muito
que Jesualdo Ferreira insista na capacidade que Eric Dier possa ter para vir a
ser um bom médio, a verdade é que o inglês é, neste momento, o melhor defesa
central à sua disposição. Não é virgem, em Portugal, esta ânsia de tentar
encontrar nos jogadores características que treinadores anteriores não
vislumbraram. Os casos de sucesso são fortemente glorificados por analistas e
adeptos, transformando o treinador de futebol num visionário sem limites, que
faz nascer fartas plantações em solo árido.
Ora, esse
não pode nunca ser o método para avaliar a capacidade de um treinador.
O Sporting
foi assim uma equipa incapaz de enfrentar o encontro como ele exigia: pegando
na bola e atacando as linhas, mais recuadas, dos Estudantes. Se fosse preciso
um exemplo, o próprio Jesualdo Ferreira encarregou-se de o demonstrar, quando
apresentou um meio-campo composto por Rinaudo, André Martins e Labyad já
durante a segunda parte. Esteve bem o treinador a mudar a equipa, conseguindo
uma etapa complementar bem melhor do que a inicial? Não o podemos colocar assim
quando o problema principal do conjunto leonino esteve na forma como o
treinador lançou o jogo.
Cumprindo
com a sua reconhecida exigência, Jesualdo deveria ter assumido o erro.
Sem comentários:
Enviar um comentário