sábado, 26 de junho de 2010

Grupo E: balanço

A Holanda, que completou as qualificações só com vitórias, repete agora a gracinha na fase de grupos. Em nenhum jogo a vitória holandesa esteve em dúvida. Do meio-campo para a frente, têm alguns dos melhores jogadores da actualidade, apesar da forma física de Robben ser uma sombra na cabeça de todos os holandeses. Ficou, ainda assim, a faltar um embate contra uma equipa que atacasse o seu último reduto. Se passarem na prova defensiva, são, mesmo, um dos favoritos neste Mundial.
O Japão surpreendeu tudo e todos com a solidez das suas opções. Ganhou dois jogos contra adversários que estavam, à partida, acima do seu nível. Faz-me pensar que é importante olhar de outra forma para o seu campeonato, onde jogam a maioria destes jogadores. Vão continuar a parecer pequenos e frágeis perante qualquer adversário. Mas quem tem Honda, pode acreditar sempre numa vitória.
A Dinamarca foi vítima da sua própria sobranceria. Depois de uma excelente fase de grupos, entraram sempre em campo a pensar que o jogo estava ganho à partida. Isso deve ter custado mais ao seu treinador do que a qualquer adepto (ou muito me engano ou o Morten Olsen deve ter dado uns bons cascudos em todos os jogadores). Sai por demérito próprio, à espera de um dia em que consiga e jogar com disciplina outra vez.
Os Camarões estavam condenados à partida, quando Eto'o andou mais preocupado com as palavras dos analistas do que com os treinos da sua equipa. O facto de Paul le Guen não ter ainda percebido o que é ser treinador de uma selecção africana também não terá ajudado. Apesar da inegável qualidade, os Camarões precisam de se livrar dos egos na sua equipa, para voltar a ter sucesso. Mas isso é qualquer coisa que é mais fácil de pedir do que de conseguir.

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