sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

A derrota do Grêmio na Libertadores

|Luís F. Cristóvão




A primeira jornada da fase de grupos da Taça dos Libertadores trouxe algumas surpresas, sobretudo as derrotas caseiras do Boca Juniors e do Grêmio. Das duas, o resultado da equipa de Porto Alegre, orientada por Vanderlei Luxemburgo, levanta algumas questões a merecer reflexão.

Para começar, parece não haver grandes dúvidas que, no panorama Sul-Americano, as equipas brasileiras têm um poder financeiro que lhes permite uma superioridade aos seus adversários. A vitória do Palmeiras, equipa da Série B apurada via Copa Brasil, sobre o Sporting Cristal demonstra bem essa situação. No entanto, para o Grêmio, as coisas não podiam ter começado pior.

No entanto, o Huachipato, orientado por Jorge Pellicer, deu uma lição de organização ao conjunto brasileiro. Com duas linhas de quatro jogadores a fechar muito bem os espaços de progressão para a sua baliza, a equipa conseguiu controlar o efeito devastador que uma equipa com Barcos, Vargas, Elano e Zé Roberto poderiam causar.


Mas também é preciso entende que do lado do conjunto de Porto Alegre, em momento algum ficou demonstrada a capacidade para fazer a diferença neste encontro. Barcos acaba de chegar, vindo do Palmeiras, e o trio de médios mais ofensivos estiveram sempre demasiado apagados para poder fazer a diferença. Ao intervalo, a perder por 0-1, a saída de Adriano (um médio de características mais defensivas) para entrar Marcelo Moreno, povoou a frente de ataque, mas abriu espaços que viriam a ser aproveitados pelo adversário.

Nota ainda para a fragilidade demonstrada pela dupla de centrais do Grêmio, Cris e Saimon. Cris parece longe da qualidade demonstrada na Europa, ao serviço o Lyon, e Saimon é ainda um jogador muito jovem. Os dois golos do Huachipato surgiram na zona de influência destes jogadores, algo que terá que vir a ser repensado por Luxemburgo, à procura do apuramento num grupo onde também está o Fluminense.

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