Parece que a condição essencial para que uma equipa africana tenha sucesso num Mundial é a surpresa. Até agora, nenhuma equipa de quem se esperava solidez, conseguiu demonstrá-lo. Penso nisto ao ver as eliminações de Camarões, África do Sul e Nigéria. Veremos como se comportarão a Argélia, a Costa do Marfim e o Gana (pois, ou muito me engano, ou só esta última conseguirá passar a primeira fase). O que não ficará esquecido são os jogos de abertura que mostraram ao mundo surpresas africanas. Os Camarões dos irmãos Biyick no Itália 90 e o Senegal liderado por Bruno Metsu em 2002. O perfume africano com dedo europeu a consolidar esquemas defensivos sem descurar o contra-ataque felino. Todos os treinadores que conseguiram isso, tiveram algum sucesso com equipas africanas. A isso devemos ainda juntar o facto de em ambas as equipas não existir, à altura, uma grande estrela mundial. Curiosamente, o que se passa com o Gana este ano. Essien, lesionado, ficou em casa, Muntari, mesmo birrento, fica no banco. Surpresa, treinador europeu com uma visão harmonizada do jogo, estrelas fora. Fórmula de sucesso para as equipas africanas em mundiais.
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