Talvez esta seja, mesmo, a época das estrelas, mas as estrelas que, com pés de barro, ficam nas mãos da pressão mediática que as rodeia. Deco, Rooney, Eto'o, Evra, Gallas, todos eles foram vítimas das suas acções tomadas a quente, sejam palavras, gestos, críticas a adeptos, treinadores ou jornalistas. Em todos os eles, o que falha não é o espírito de grupo, a liderança, a compreensão: falta-lhes, sobretudo, aquilo a que eles estão habituados, estruturas fortes que os protegem e defendem em todas as ocasiões. As federações de futebol, que muito evoluíram em meios e em recursos humanos nas últimas décadas, não acompanharam os clubes. Hoje em dia, os clubes são empresas que vêem os seus jogadores como activos imprescindíveis, e por isso os escutam e protegem. As federações, essas, olham os jogadores como cavalos de corrida. E ninguém, nessas condições, está preparado para ouvir o cavalo a falar.
Sem comentários:
Enviar um comentário