Cada Mundial obriga-nos a criar todo um programa de conjugação entre a nossa vida e os horários dos jogos de futebol. Ora se vivem Mundiais que se prolongam pela noite dentro (como nos EUA), que nos obrigam a levantar a horas impróprias da cama (como o da Coreia/Japão) ou então aqueles Mundiais que nos fazem ter que fintar uma série de obrigações profissionais para não perder os jogos (é o caso do Mundial que agora decorre, como foi o caso do Mundial da Alemanha). Das várias hipóteses, a que guardo, até agora, como mais difícil foi a dos EUA. Jogos que começam à meia-noite, duas ou três da manhã, fazem com que o sono (e algumas vezes o peso de uma saída à noite) lute furiosamente contra a nossa capacidade de dispensar atenção a um jogo de futebol. Já lembrei aqui longas lutas contra o sofá para resistir à final do Mundial de 94, mas dos jogos mais complicados de acompanhar, para mim, foi um Argentina-Portugal, nos Jogos Olímpicos de 96, quando, com alguns amigos e uma garrafa de gold strike, a cada minuto que passava mais complicado era discernir entre o que era jogador português, jogador argentino e relvado. Incrível, como ficou memória disso.
Sem comentários:
Enviar um comentário