Ontem, Landon Donovan chorou na conferência de imprensa. Chorou de felicidade com o apuramento dos Estados Unidos. Donovan marcou, aos noventa e dois minutos, o golo do apuramento. Marcou e reservou mais um lugar na história do futebol norte-americano. Donovan tem agora 126 internacionalizações pela equipa americana, é reconhecido como o melhor jogador norte-americano de sempre, é uma das estrelas principais da liga americana. No entanto, não é possível ouvir-se falar de Donovan sem que toda a gente lembre que, na Europa, Landon nunca teve sucesso, nem no Bayer Leverkunsen, nem no Bayern Munique, nem no Everton. Como se toda a sua qualidade ficasse turva perante a incapacidade de vencer no futebol europeu. Ontem, Landon Donovan chorou na conferência de imprensa. Chorou porque, ao dizer que a sua equipa acreditou até ao fim, também estava a dizer que ele próprio acredita nas suas capacidades até ao fim. E que, apesar de tudo, ele é mesmo um grande jogador internacional, capaz de marcar um golo histórico que vale uma qualificação e um primeiro lugar no grupo. Por isso, da próxima vez que falarem de Landon Donovan, não se esqueçam. Os homens não se medem apenas pelo sistema métrico europeu.
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