O que pode parecer uma boa opção, no início do jogo, arrisca a tornar-se uma péssima opção, consoante esse jogo decorra. Essa é, talvez, a grande condenação do futebol àqueles que jogam para não perder. Montar um esquema defensivo é, sempre, arriscar tudo numa jogada só. Montar um esquema defensivo sem um plano b que possa transformar a equipa numa estrutura ofensiva capaz de alterar um resultado, é suicídio. Ontem, Carlos Queirós escolheu ajoelhar-se perante o inevitável. O inevitável na sua visão do futebol. Voltou a colocar jogadores fora das suas posições, manteve (durante 90 minutos) o meio-campo em inferioridade numérica perante o adversário, recorreu à táctica condenada ao falhanço de esperar que Ronaldo resolvesse o jogo. Escolher bem é sempre o mais difícil, numa competição. Escolher bem a meio do jogo, é essencial para se ser um grande treinador. Carlos Queirós demonstra, há 17 anos, que isso é coisa que ele não sabe fazer.
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