Se há uma coisa que no futebol nunca consegue ser explicada é o facto de uma análise lógica e racional dos acontecimentos cair, por tantas vezes, em saco roto. Cuauhtémoc Blanco é, agora, um desses casos. Quando o vi entrar em campo contra a África do Sul, pensei o que levava alguém que foi, em tempos, um fantástico jogador, se arraste agora pelos relvados, aos trinta e sete anos e com uns quinze quilos a mais do seu peso ideal. No entanto, frente à França, recebi a resposta. Um passe de morte para Hernandez, logo após ter entrado em campo, fez o um a zero. E, mais tarde, na conversão de uma grande penalidade, Blanco tornou-se num dos poucos jogadores que pode dizer que marcou golos em três fases finais de Mundiais de futebol. A glória de fazer história. É sempre isso (aliado ao prazer) o que motiva até o jogador mais improvável a não recusar estar presente no Campeonato do Mundo.
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