Chove na Cidade do Cabo. Em Portugal, brilha o sol, uma leve brisa toma as ruas, fazendo ondular bandeiras e cachecóis pendurados nas varandas. Faltam três horas para o primeiro duelo ibérico de sempre num Campeonato do Mundo. Quer Portugal, quer Espanha, já foram equipas onde brilharam intensas gerações. Mas nenhuma delas cresceu como as actuais equipas de cada país. Portugal com uma equipa plena de jogadores que, desde muito novos, sabem que vão ser craques de grandes equipas mundiais (por Inglaterra, Espanha, Itália...), Espanha com uma equipa que cresceu a ver o seu campeonato tornar-se no mais mediático do mundo, certos de que o seu futuro seria feito de derbies entre Barcelona e Real Madrid à escala mundial.
Chove na Cidade do Cabo. Os jogadores que vão entrar em campo já se defrontaram centenas de vezes, em competições de selecções (desde os quinze ou dezasseis anos), em competições de clubes (sejam nacionais ou internacionais, mais do que uma vez por ano). De cada lado, a responsabilidade de ganhar o jogo. A possibilidade de, com uma vitória, se estender uma passadeira até ao topo das maiores equipas do mundo, um lugar onde a Espanha nunca chegou, um lugar que Portugal já espreitou por duas vezes, sem o conseguir agarrar. De cada lado, a responsabilidade de ser considerado o melhor.
Chove na Cidade do Cabo. Em Portugal, brilha o sol. As pessoas andam na rua como se esquecessem, saem apressadas dos empregos, ultimam as compras, telefonam a amigos para confirmar que todos se vão juntar a ver o jogo. Em Espanha, imagino, acontece exactamente o mesmo. Em certos dias, devíamos ter a capacidade de acelerar o relógio para que o grande momento em que duas equipas entram em campo chegasse mais depressa. No fundo, acordámos todos a pensar nisso: no Portugal - Espanha de logo à noite. Tudo o que aconteceu valeu pouco em comparação com o que se irá passar durante o jogo. Morreram pessoas, namorados zangaram-se, ocorreram acidentes, boas e más notícias, tudo confundido na memória futura de cada um com os noventa (ou mais) minutos de um jogo de futebol.
Venha ele.
Chove na Cidade do Cabo. Os jogadores que vão entrar em campo já se defrontaram centenas de vezes, em competições de selecções (desde os quinze ou dezasseis anos), em competições de clubes (sejam nacionais ou internacionais, mais do que uma vez por ano). De cada lado, a responsabilidade de ganhar o jogo. A possibilidade de, com uma vitória, se estender uma passadeira até ao topo das maiores equipas do mundo, um lugar onde a Espanha nunca chegou, um lugar que Portugal já espreitou por duas vezes, sem o conseguir agarrar. De cada lado, a responsabilidade de ser considerado o melhor.
Chove na Cidade do Cabo. Em Portugal, brilha o sol. As pessoas andam na rua como se esquecessem, saem apressadas dos empregos, ultimam as compras, telefonam a amigos para confirmar que todos se vão juntar a ver o jogo. Em Espanha, imagino, acontece exactamente o mesmo. Em certos dias, devíamos ter a capacidade de acelerar o relógio para que o grande momento em que duas equipas entram em campo chegasse mais depressa. No fundo, acordámos todos a pensar nisso: no Portugal - Espanha de logo à noite. Tudo o que aconteceu valeu pouco em comparação com o que se irá passar durante o jogo. Morreram pessoas, namorados zangaram-se, ocorreram acidentes, boas e más notícias, tudo confundido na memória futura de cada um com os noventa (ou mais) minutos de um jogo de futebol.
Venha ele.
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