sábado, 11 de dezembro de 2010

Este jogo é para duros

António Pires

O Galitos do Barreiro foi a Torres Vedras vencer a Física por 62-67, numa partida muito disputada a nível atlético.

Até foi a Física quem entrou a ganhar na partida, com um parcial de 7-0, que acabou, no entanto, por ter resposta num outro parcial de 2-15, mal a equipa barreirense conseguiu responder ao ímpeto inicial dos torrienses. Liderados por António Pires (12 pontos e 11 assistências), os visitantes conseguiam impor o seu ritmo no jogo, aproveitando ainda uma superior presença na área pintada adversária. No final do primeiro período, o Galitos liderava por 19-22, conseguindo confirmar a sua superioridade até ao intervalo(34-40). O treinador Ivan Kostourkov tentava encontrar no banco soluções para voltar à frente, mas, olhando para estatística que revela que só 1 ponto veio do banco, nada de bom tinham os suplentes para lhe oferecer.

Ainda assim, e muito graças a algum acerto de Miguel Salvador (26 pontos e 6 assistências) e Jason Underwood  (17 pontos e 10 ressaltos), a Física de Torres conseguiu aproveitar a quebra do Galitos e chegou a liderar no terceiro período. No entanto, e já com Rui Quintino (5 pontos e 6 ressaltos) em campo, os barreirenses não permitiram que a sua vantagem fosse diminuída, mostrando o marcador um resultado de 45-51 no fim do terceiro parcial. A Física de Torres revelava-se uma equipa inconstante, incapaz de segurar, por um alargado período de tempo, o comando de um jogo que, com o passar do tempo, se ia tornando mais duro e agressivo, quer dentro do campo, quer na atitude demonstrada nos bancos. O resultado final mostra que ambas as equipas têm condições para lutar por um lugar cimento na Proliga, ainda que o Galitos detenha, neste momento, mais soluções na sua rotação, com destaque para Michael Pilgrim (16p.), Diogo Leiria (17p.)e José Ferreira (15p.).

Uma última palavra para a equipa de arbitragem composta por Ana Sofia Miramon e Marco Aurélio Gonçalves. Grande parte da dureza do jogo foi permitida pelos dois juízes. Só para exemplo, foi permitido que um jogador do Galitos insultasse a assistência na cara do árbitro principal, que esse mesmo jogador invadisse o campo na sequência de uma falta não assinalada, e ainda que o treinador da equipa visitante corresse em direcção à mesa para pedir justificações sobre um desconto de tempo. Perante tudo isto, a equipa de arbitragem fingiu que não viu, que não estava lá. E isso ajuda a explicar uma parte do espectáculo que, no Pavilhão José Maria Antunes, incluiu mais do que uma partida de basquetebol. 

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