Verdade seja
dita, a Grécia só podia fazer o que fez. Recuas as suas linhas, esperando
evitar uma Alemanha arrasadora e aproveitar qualquer espaço que encontrasse
para responder na transição. Conseguiu não sofrer golos nos primeiros 40
minutos, até que Lahm, num remate imparável, colocou o marcador em 1-0. No
reatar do jogo, Gekas e Samaras ainda inventaram o golo do empate, mas os
alemães nunca perderam as estribeiras frente a um conjunto que sabia o que
fazer.
Low surpreendeu
com a entrada de Reus, Schurle e Klose. Não me parece que a Alemanha tenha
ganho algo com a troca. Houve mais velocidade nas linhas e maior mobilidade na
área, mas Muller e Podolski poderiam ter desorganizado a defensiva grega mais
cedo e Gomez teria sido um jogador mais difícil de controlar pelos centrais
helénicos. No final das contas, a Alemanha deu descanso a três titulares. Fez o
que podia. E se isso não tiver consequências ao nível da confiança dos
jogadores que ficaram no banco, terá assustado ainda mais quem tiver que
enfrentar os alemães nas meias. Sim, porque para além destes seis, Low ainda
pôde chamar Gotze para entrar em jogo.
Para
Fernando Santos, acabou a caminhada no Euro 2012. Cumpriu o objetivo de atingir
os quartos de final, mostrou uma Grécia digna e lutadora, apesar das muitas
limitações apresentadas pelos jogadores disponíveis. Emitiu um sinal de
esperança para todos aqueles que tiveram no futebol um parco sinal de esperança
num país onde tudo parece ir caindo “cano” abaixo. Não é pouco, acreditem, o
que fez o Engenheiro. Parabéns para ele.
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