Roman Pavlyuchenko apresentou-se ao
mundo em 2008, no Europeu realizado na Suiça e na Áustria. Um
ponta-de-lança promisor, só aos 26 anos, depois de conquistar o seu
lugar no Spartak de Moscovo e na seleção, pisou pela primeira vez
os grandes palcos. Fê-lo em estilo. Numa Rússia que cativou aos
amantes do bom futebol, Pavlyuchenko marcou três golos e foi uma das
referências ofensivas do torneio, acabando por ganhar, também, uma
transferência para o Tottenham.
Em Londres, Roman não foi feliz. Nunca
marcou os golos que se esperava que marcasse, nem demonstrou o mesmo
perfume que lhe parecia natural na Rússia de 2008. Passou muito
tempo no banco, por várias vezes esteve à porta da saída até que,
já esta temporada, regressou a Moscovo para jogar no Lokomotiv. Sem
ter propriamente oportunidade para brilhar, o avançado conseguiu
confirmar um lugar entre os 23 convocados por Advocaat, ficando no
banco no início da partida inaugural.
Aos 73 minutos foi chamado para entrar
no relvado. A sua altura, passo meio desajeitado, fizeram-me
relembrar o avançado de há quatro anos atrás. E, na verdade, não
foi preciso esperar muito para o rever em todo o seu esplendor.
Passados menos de dez minutos, pegou na bola do lado esquerdo da
área, simulou, ganhou espaço e atirou um verdadeiro míssil para as
redes de Petr Cech. Afinal era verdade. Pavlyuchenko ainda estava
vivo. É ele o homem que aparece de quatro em quatro anos.
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