sábado, 9 de junho de 2012

O homem que aparece de quatro em quatro anos


Roman Pavlyuchenko apresentou-se ao mundo em 2008, no Europeu realizado na Suiça e na Áustria. Um ponta-de-lança promisor, só aos 26 anos, depois de conquistar o seu lugar no Spartak de Moscovo e na seleção, pisou pela primeira vez os grandes palcos. Fê-lo em estilo. Numa Rússia que cativou aos amantes do bom futebol, Pavlyuchenko marcou três golos e foi uma das referências ofensivas do torneio, acabando por ganhar, também, uma transferência para o Tottenham.

Em Londres, Roman não foi feliz. Nunca marcou os golos que se esperava que marcasse, nem demonstrou o mesmo perfume que lhe parecia natural na Rússia de 2008. Passou muito tempo no banco, por várias vezes esteve à porta da saída até que, já esta temporada, regressou a Moscovo para jogar no Lokomotiv. Sem ter propriamente oportunidade para brilhar, o avançado conseguiu confirmar um lugar entre os 23 convocados por Advocaat, ficando no banco no início da partida inaugural.

Aos 73 minutos foi chamado para entrar no relvado. A sua altura, passo meio desajeitado, fizeram-me relembrar o avançado de há quatro anos atrás. E, na verdade, não foi preciso esperar muito para o rever em todo o seu esplendor. Passados menos de dez minutos, pegou na bola do lado esquerdo da área, simulou, ganhou espaço e atirou um verdadeiro míssil para as redes de Petr Cech. Afinal era verdade. Pavlyuchenko ainda estava vivo. É ele o homem que aparece de quatro em quatro anos.

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