Num torneio muito equilibrado, o Grupo
D divide opiniões quanto a quem poderá passar da fase de grupos. Na
verdade, ainda que França e Inglaterra tenham vantagem na sua
história, o fato da Ucrânia jogar em casa e da Suécia ter
Ibrahimovic pode mudar as contas.
França - Inglaterra
Laurent Blanc bem pode ser considerado
um super herói se conseguir um resultado apreciável neste Europeu.
Se bem se lembram, quando pegou na equipa, o antigo campeão do mundo
teve que lidar com um largo número de jogadores castigados devido à
greve aos treinos protagonizada na África do Sul, em 2010. Pegando
em alguns jogadores chave como Lloris, Evra, Ribéry e Malouda,
juntou-lhes os rebentos do novo futebol francês, entre jogadores já
reconhecidos, como Mexés, Nasri ou Benzema, e outros que prometem
aparecer numa grande competição este ano, como Debuchy ou Giroud. A
equipa francesa tem um plantel com qualidade e com algo a provar, o
que poderão ser os ingredientes necessários para fazer figura.
O seu primeiro adversário, a
Inglaterra, é a grande incógnita da competição. Com um treinador
recém-chegado, uma dezena de jogadores lesionados, a sua principal
estrela impedida de jogar os dois primeiros jogos por castigo e
alguma divisão entre jogadores devido a polémicas raciais, tudo
parece indicar que só um milagre permitirá aos ingleses brilhar na
Ucrânia. No entanto, poderá estar em jogadores como Ashley Young e
Danny Welbeck (jovens que conquistaram a oportunidade de serem
titulares) um caminho para a salvação. Se isso acontecerá ou não
frente à França, parece pouco provável, mas a lógica nem sempre
impera no futebol.
Ucrânia – Suécia
Oleg Blokhin promete lutar pelo título
e a Ucrânia entra em campo perante um estádio cheio de apoiantes:
qual o efeito psicológico de uma tão grande ambição? Na prática,
à equipa ucraniana parecem faltar referências defensivas.
Timoschuk, como número seis, é o único jogador com currículo a
ocupar essas tarefas. Na frente, Konoplyanka e Yarmolenko são
prometedores, mas falta saber em que forma estará Shevchenko e
Voronin – sendo que até é possível que seja Devic a ganhar a
titularidade no jogo de estreia. Muitas dúvidas numa equipa que, a
jogar em casa, se sentirá obrigada a partir para cima do adversário.
O que poderá fragilizar, ainda mais, a equipa ucraniana.
Na Suécia, tudo é sobre Ibrahimovic.
Um pouco à imagem de Portugal, os suecos vivem da sua estrela e
esperam que os restantes dez jogadores estejam à altura. Sebastian
Larsson, do Sunderland, é o candidato a fiel escudeiro do avançado,
numa equipa que tentará explorar as fragilidades do adversário para
somar os três pontos. Apesar do fator casa, a Suécia poderá mesmo
sair a sorrir deste confronto.
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