Espanha, Portugal, Alemanha e Itália
são as quatro equipas que estão na corrida para conquistar o Euro
2012. Em cada uma delas se destacam também os principais jogadores
do torneio. O Falamos Futebol faz o mapa da qualidade presente em
cada conjunto.
Atual campeão europeia e mundial, a
Espanha tem conseguido fazer um caminho sem sobressaltos neste
Europeu. Depois de passar a fase de grupos com apenas um empate,
frente à Itália, os espanhóis não tiveras dificuldades para
ultrapassar uma França demasiado remetida para o seu meio-campo.
É difícil escolher um jogador a
destacar nesta seleção, tendo em conta que é o esforço coletivo
que se torna imparável. Ainda assim, continua a ser Xavi Hernandez o
mestre principal do tiki-taka. A escolha do ritmo e os passes mais
perigosos saem, regularmente, dos seus pés. Para marcar, Cesc
Fabregas aparece como um “estranho” na luta pelo título de
melhor marcador. No fundo, um “falso 9” que se pode revelar
decisivo no momento do golo. Mais um ponto onde a imprevisibilidade
espanhola vem ao de cima.
Portugal surge como um convidado
surpresa nesta meia-final. Num momento em que muitos pensavam que a
equipa das quinas tinha perdido a qualidade que a levara, no passado,
a altos voos na competição, Paulo Bento regenerou o estilo
português com as peças que tem ao seu dispor. João Moutinho é o
jogador com maior intensidade num meio-campo muito sólido, base
organizacional de todo o conjunto. Pepe também não pode ser
esquecido, como garantia defensiva.
Mas é em Cristiano Ronaldo que recaem
as decisões das partidas. O avançado torna-se tanto mais perigoso
quanto maior for a liberdade de movimentos que lhe é concedida. Seja
em remates de fora da área, seja aparecendo na zona de finalização.
Ronaldo assume-se como figura da equipa e tem mesmo sido decisivo nos
últimos jogos.
Na equipa alemã, a confiança tem
morada segura. A única equipa a vencer todos os jogos até às
meias-finais, é também aquela que demonstrou ter maiores soluções
na sua linha ofensiva, onde tem um suplente de nível para cada
titular. Mário Gomez é o maior candidato a ser o marcador de
serviço, embora a titularidade de Klose frente à Grécia tenha
lembrado que o veterano é dos jogadores mais eficientes em grandes
competições.
Ainda assim, o jogador que mais se tem
revelado como peça essencial do conjunto germânico é Sami Khedira.
Sendo originalmente um 6, Khedira já foi utilizado no Real Madrid
como um 8 e, na seleção alemã, funciona como um híbrido, ao lado
de Schweinsteiger. É o duplo volante mais ofensivo de toda a
competição, com jogadores que aparecem, muitas vezes, em situação
de concretização. Neste Europeu, quase todos os movimentos
ofensivos têm contado com o toque de Khedira, que assume assim a
preponderância num meio-campo cheio de talento.
Finalmente, a Itália. Na Squadra
Azzurra, tudo parece girar à volta de Andrea Pirlo, um jogador de
outros tempos a perfumar o futebol mais atraente de um país que nos
habituou à sistemas exageradamente defensivos. Há, sem qualquer
dúvida, uma Itália antes e depois de Pirlo. A sua liderança, feita
sem grandes correrias, influencia toda a movimentação italiana, que
recorre a alas muito rápidos a responder à colocação de bola
feita por Pirlo.
Na frente de ataque, nenhum dos
avançados se revelou, ainda, como matador. Balotelli, Cassano e Di
Natale marcaram um golo cada, privilegiando as movimentações de
abertura da defesa contrária. Apesar do estilo mais ofensivo, a
Itália não é uma poderosa marcadora de golos, ainda que isso não
a torne menos perigosa. No fundo, qualquer um destes três jogadores
pode ter o seu dia e revelar-se letal.
Nas vésperas da decisão, qualquer um
destes jogadores tem o mesmo desejo: ganhar um lugar na final e
levantar a taça no fim desse jogo. Faltam 90 (ou mais alguns)
minutos de emoções para se saber quem serão os candidatos.
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