Os
irlandeses chegaram a esta competição com a promessa de serem irlandeses. Com
vontade, entrega e muita raça em cada partida. Mas o último destes atributos
não é um exclusivo da equipa do trevo.
Perante a
Croácia de Bilic, a Irlanda esteve muitas vezes frente ao espelho (embora do
outro lado estivesse uma equipa mais bonita, mais técnica, mais efetiva –
afinal, todos tendemos a ver algo mais quando olhamos o nosso reflexo). Ainda
que os centrais possam parecer algo duros de rins, do meio campo para a frente,
os croatas espalham classe enquanto deixam a pele em campo. Modric, Rakitic,
Perisic e, sobretudo, Mandzukic (primeiro candidato a revelação do torneio),
deram um banho de bola e de golos aos irlandeses de Trapattoni.
Por muito
que tivessem lutado, os irlandeses nunca tiveram a capacidade para fazer frente
à qualidade croata. O tipo bonito do outro lado do espelho voltou a tramar o
rapaz com boa vontade mas sem qualidades. É uma história da vida real, num
relvado de Poznan.
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