Inglaterra e Itália são duas equipas
com fama de defensivas. Ambas chegam aos quartos de final sem
derrotas e parecem com capacidade para exigir um favoritismo que não
lhes era entregue à partida.
No dia 8 de junho, Inglaterra e Itália
pareciam estar fora da lista dos principais favoritos a vencer o
Euro. Apesar de serem duas equipas com tradição na prova, a
fragilidade inglesa e a confusão italiana faziam esperar uma
passagem negra por este torneio. Mas a fase de grupos veio demonstrar
algo diferente.
Os ingleses começaram o torneio
oferecendo a iniciativa de jogo à França, conquistando um empate, o
mesmo resultado que os italianos conseguiram frente à Espanha, mas
optando por uma estratégia de ataque às linhas adversárias. A
Itália de Prandelli procura, primeiro, cortar o controlo da bola
adversário para, em momento de vantagem, recuar a sua defensiva. A
Inglaterra de Hodgson joga atrás, lançando Milner, Young e Welbeck
como avançados muito rápidos na transição.
Estas opções percebem-se melhor
quando vemos que a Inglaterra foi a equipa com menos tempo de posse
de bola na fase de grupos. A equipa entrega a iniciativa ao
adversário, sendo que com a chegada de Rooney, tem agora mais uma
arma para delinear o seu ataque. Prandelli terá isso em conta,
continuando a apostar numa linha de 3 defesas, com Maggio e
Giaccherini a correr pelas alas e a obrigar a equipa inglesa a dar
menos apoio aos seus extremos.
Nesta partida, será de esperar que um
golo de qualquer uma das partes possa significar um congelamento do
jogo. Em nenhum outro jogo dos quartos de final será tão verdade o
princípio de que quem marcar ganha. Por isso será tão importante
defender bem o seu reduto. Hodgson e Prandelli parecem mesmo capazes
de ficar a pensar, apenas, nesse momento do jogo...
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