domingo, 10 de junho de 2012

À procura das diferenças


Há dois anos atrás, Holanda e Dinamarca estrearam-se num Mundial jogando frente a frente. A sua estrutura em campo não era diferente, na sua essência, daquela que apresentaram na tarde de ontem na Ucrânia. No entanto, há dois anos, os holandeses partiram rumo à final com uma vitória por 2-0, enquanto ontem sofreram uma derrota que os deixa em situação perigosa no seu grupo.

À procura de diferenças, podemos dizer que a Dinamarca é agora uma equipa bem mais consistente do que no Mundial, com um organizador de jogo, Eriksen, a oferecer ao conjunto um ponto onde a bola pode chegar para sair com mais perigo. Na equipa holandesa, a consciência da fragilidade defensiva passou de uma preocupação para ser um princípio radical, mergulhando a laranja numa redoma de medo que parece prender toda a equipa.

A perder desde os 24 minutos de jogo, Van Marjwick esperou quase cinquenta minutos para fazer as primeiras substituições, retirando nessa  altura um dos dois pivôs defensivos que tinha em campo. O medo de sofrer mais golos tinha-se sobreposto, dolorosamente, à necessidade de os marcar, transparecendo no relvado uma equipa que tem ainda os ingredientes de uma laranja que pode ser fabulosa, mas não é.

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