Há dois anos
atrás, Holanda e Dinamarca estrearam-se num Mundial jogando frente a frente. A
sua estrutura em campo não era diferente, na sua essência, daquela que
apresentaram na tarde de ontem na Ucrânia. No entanto, há dois anos, os holandeses
partiram rumo à final com uma vitória por 2-0, enquanto ontem sofreram uma
derrota que os deixa em situação perigosa no seu grupo.
À procura de
diferenças, podemos dizer que a Dinamarca é agora uma equipa bem mais consistente
do que no Mundial, com um organizador de jogo, Eriksen, a oferecer ao conjunto
um ponto onde a bola pode chegar para sair com mais perigo. Na equipa
holandesa, a consciência da fragilidade defensiva passou de uma preocupação
para ser um princípio radical, mergulhando a laranja numa redoma de medo que
parece prender toda a equipa.
A perder
desde os 24 minutos de jogo, Van Marjwick esperou quase cinquenta minutos para
fazer as primeiras substituições, retirando nessa altura um dos dois pivôs defensivos que tinha
em campo. O medo de sofrer mais golos tinha-se sobreposto, dolorosamente, à
necessidade de os marcar, transparecendo no relvado uma equipa que tem ainda os
ingredientes de uma laranja que pode ser fabulosa, mas não é.
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