O jogo entre Portugal e Rep. Checa
começou a ser desequilibrado ainda antes do árbitro dar início à
partida. Michal Bilak sabia que pouco podia fazer para impedir que
Portugal se lançasse sobre a sua equipa. Por isso tentou contrariar
esse avanço pegando na bola e surpreendendo os portugueses. Paulo
Bento sabia que iria ser assim. Como em todos os jogos neste Europeu,
Bento oferece a bola ao adversário nos primeiros minutos, preparando
a sua resposta.
Ontem, a resposta foi brutal. Quando
Portugal pegou na bola não mais deixou de empurrar os checos para
dentro da sua baliza. Bolas ao poste, a embater nos defesas, a
oferecer grandes defesas a Cech, houve de tudo e sempre com uma
certeza: o jogo de ontem era de Portugal.
Cristiano Ronaldo foi Cristiano
Ronaldo. Incitou os seus colegas, tomou a iniciativa, rematou,
insistiu, sempre, até marcar. O golo de Portugal nasce da
clarividência de três jogadores que deixaram tudo em campo. Nani,
João Moutinho e Ronaldo. Já estavam há quase 80 minutos a carregar
sobre os checos, mas nunca perderam o sentido nem a objetividade.
No final, fica a sensação que se deu
um sacrifício de uma equipa inocente, sem grande capacidade para
fazer frente a um adversário que vai lançado para a quarta
meia-final nos últimos cinco europeus. Portugal sente-se agora
imparável. Com confiança, mas também com um sentido de
responsabilidade que talvez nunca tenha sido um dos atributos dos
portugueses.
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